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IberCultura Viva, Iber-Rutas e Ibercocinas anunciam as receitas ganhadoras de Sabores Migrantes Comunitários
Os programas IberCultura Viva, Iber-Rutas e Ibercocinas divulgaram nesta quarta-feira, 13 de novembro, a lista com as 13 receitas e práticas culinárias ganhadoras do concurso Sabores Migrantes Comunitários 2024. As propostas selecionadas receberão um reconhecimento como ‘Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana’ e um apoio de 600 dólares cada.
Esta convocatória é uma iniciativa conjunta de Ibercocinas, Iber-Rutas e IberCultura Viva, três programas de cooperação vinculados à Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), que com esta proposta buscam promover a reflexão e expressão da migração e sua relação com os alimentos, a cozinha tradicional e a comunidade. Ao dar visibilidade aos modos de ver, fazer, sentir e pensar das comunidades migrantes, também se espera contribuir para a diminuição dos níveis de preconceito e discriminação.
As inscrições para esta sexta edição do concurso estiveram abertas na plataforma Mapa IberCultura Viva entre os dias 13 de setembro e 18 de outubro. Para participar era necessário ser maior de 18 anos, ter origem ibero-americana e viver em algum país diferente do país de origem, ou ser descendente de pessoas migrantes até segundo grau de parentesco (pai/mãe, avô/avó). As pessoas interessadas tinham que enviar uma receita de sua comunidade de procedência, a história por trás dela, e a forma como essa prática culinária se insere na comunidade de acolhida. Este ano, as receitas deveriam ser enviadas em um vídeo de até 2 minutos de duração.
Vinte e três pessoas enviaram suas inscrições e passaram para a etapa de avaliação do concurso. A seleção seguiu os critérios estabelecidos no regulamento, como a representatividade da preparação para a comunidade de origem e a experiência de inserção na comunidade receptora. As apresentações realizadas por mulheres, jovens de 18 a 35 anos, assim como pessoas indígenas, afrodescendentes e/ou campesinas, foram consideradas com maior pontuação. Assim como aquelas realizadas por pessoas de comunidades que se encontram em movimento, ou que estão transitando pelo processo de migração em um refúgio.
As pessoas que tiveram suas postulações selecionadas nasceram nos seguintes países: Bolívia (1), Colômbia (4), Equador (1), El Salvador (1), México (1), Peru (1) e Venezuela (4). Os países de residência que constam na lista de postulantes selecionados são: Argentina (1), Brasil (5), Colômbia (2), Costa Rica (2), Espanha (2) e Peru (1).
As pessoas responsáveis pelas propostas selecionadas serão contatadas pela Unidade Técnica de IberCocinas, IberCultura Viva ou Iber-Rutas para dar seguimento à tramitação para a concessão dos reconhecimentos e do pagamento do apoio financeiro. Todas as pessoas que tiveram suas práticas culinárias selecionadas deverão prepará-las em sua comunidade e enviar um depoimento aos programas organizadores, dentro dos 30 dias posteriores ao recebimento do prêmio.
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Confira a lista de propostas selecionadas
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Leia também:
Programa Pontos de Cultura do Chile anuncia três novas sessões de capacitação destinadas a organizações comunitárias e agentes culturais
Em 31, out 2024 | Em Formação, Governos Locais, Notícias, Países membros | Por IberCultura
Com o objetivo de proporcionar conhecimento sobre direitos humanos e fortalecer o vínculo social de organizações e agentes culturais locais, o Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio e a Rede de Cidades e Governos Locais do Chile abriram inscrições para três novas sessões de capacitação, em formato virtual, no âmbito do Ciclo de Diálogos e Oficinas para os Pontos de Cultura Comunitária.
Na quinta-feira, 7 de novembro, das 17h às 18h30, será ministrada a palestra “Enfoque de Direitos Humanos na Cultura Comunitária”, por Francia Jamett, da Unidade de Cultura, Memória e Direitos Humanos da Subsecretaria das Culturas e das Artes. Esta formação procura fornecer conhecimentos e ferramentas para incorporar a abordagem e os princípios das políticas públicas de direitos humanos na ação cultural comunitária e em iniciativas que promovam estes valores. (As inscrições podem ser feitas neste link)
A seguir, a Rede de Cidades e Governos Locais preparou duas sessões de capacitação que pretendem contribuir para o fortalecimento da gestão e vinculação social das organizações comunitárias culturais locais:
- Quinta-feira, 14 de novembro, das 17h às 18h30: “Metodologias participativas para o trabalho territorial comunitário no campo cultural”, do psicólogo Marcelo Rodríguez, especialista em psicologia socioambiental-comunitária. (Inscrições neste link)
- Quinta-feira, 21 de novembro, das 17h00 às 18h30: “Estratégias territoriais de comunicação e difusão do trabalho cultural comunitário”, da jornalista Alejandra Villarroel, especializada em Cultura e Direitos Humanos. (Inscrições neste link )
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Anti-racismo e igualdade de gênero
O ciclo é composto por quatro módulos com temas que abordam inclusão, igualdade de gênero, respeito pelos direitos humanos e a cultura viva comunitária.
O primeiro módulo, “Anti-racismo na gestão comunitária”, foi realizado no dia 26 de setembro com uma discussão virtual facilitada por Julieth Micolta, ativista afro-colombiana e educadora popular. A atividade foi organizada com o apoio do programa Interculturalidade e Inclusão de Migrantes, do Departamento de Cidadania Cultural. Este espaço procurou sensibilizar e formar as pessoas participantes sobre a importância de incorporar uma perspetiva antirracista na gestão cultural, promovendo um ambiente inclusivo e equitativo.
“Viver a cultura comunitária e os desafios para a igualdade de género” foi o segundo módulo, desenvolvido entre 3 e 24 de outubro, quando foram exploradas questões pendentes que hoje se enfrentam na luta pela igualdade de gênero, alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. A iniciativa foi realizada em conjunto com a Seção de Participação, Gênero e Inclusão do MinCAP e ONU Mulheres Chile. Por meio de oito oficinas virtuais, foram compartilhadas ferramentas práticas para criar ambientes de trabalho livres de violência de gênero e integrar a perspectiva de gênero e diversidade em projetos culturais.
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(Texto e foto: Ministério das Culturas, Artes e Patrimônio)
Conversas latino-americanas: O que as universidades podem fazer pela cultura comunitária?
Em 30, out 2024 | Em Notícias, Universidades | Por IberCultura
A Universidade Nacional de La Pampa (Argentina), em conjunto com a rede do Encontro de Universidades para a Cultura Comunitária (EUCC), organiza uma série virtual chamada “Conversas Latino-Americanas: O que podem fazer as universidades pela cultura comunitária?”.
A iniciativa, que conta com o apoio do programa IberCultura Viva, surge na área de trabalho compartilhado entre as universidades nacionais da Argentina que fazem parte da rede EUCC. A intenção é possibilitar um espaço de troca, comunicação, construção de visões compartilhadas dos países da região e o desafio de abordar a questão que une essa rede nos espaços de ensino, pesquisa e extensão.
Nesta primeira edição do ciclo serão realizados três encontros virtuais de acesso gratuito e público com participantes da Argentina, Equador, Peru e México. Entre essas pessoas estão membros do Grupo de Trabalho sobre Sistematização e Divulgação de Práticas e Metodologias de Políticas Culturais de Base Comunitária (GT de Sistematização) do IberCultura Viva.
O primeiro encontro está marcado para sexta-feira, 8 de novembro, às 16h na Argentina e no Brasil (14h do Equador e Peru, 13h do México), com a participação de Lucía Colombato, secretária de Cultura e Extensão Universitária da UNLPam (Argentina), e Paola de la Vega Velastegui (Pontifícia Universidade Católica do Equador, PUCE), e moderação de Aldana Ostolaza (Universidade Nacional do Noroeste do Província de Buenos Aires, Argentina).
Na sexta-feira, dia 22, às 16h na Argentina e no Brasil (14h no Equador e Peru, 13h no México), com moderação de Isabel Ampuero (Universidade Nacional da Patagônia Meridional – U.A. Río Gallegos, Argentina), a conversa será com Diego Pigini (Universidade Nacional de Córdoba, Argentina), Rocío Orozco Sánchez (ITESO, México) e Guillermo Valdizán Guerrero (Más Cultura Más Perú) discutirá, Peru).
No terceiro encontro, moderado pelo coordenador da Reitoria Geral do Pico (Universidade Nacional de La Pampa, Argentina), Lisandro Hormaeche, participam Estefanía Schneider (Universidade Nacional do Litoral, Argentina), Elena Román (Universidade Autônoma do Cidade do México) e Daniel Zas (Escola Popular de Música, Argentina). Esta conversa será na sexta-feira, 29 de novembro, a partir das 16h da Argentina e do Brasil.
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Consultas: coordinadorgp@unlpam.edu.ar
Formulário de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd_uddrtM606K246zo0zImeNgI7i6NrufKCMureIZo2K8pCmA/viewform
Rede Ibero-americana de Diretores e Diretoras de Biodiversidade contribuirá para preservar a riqueza natural da Ibero-América
Em 29, out 2024 | Em Cooperação Ibero-americana, Notícias | Por IberCultura
(Texto e foto: SEGIB)
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No âmbito da 16ª reunião da Conferência das Partes (COP16) do Convênio sobre a Diversidade Biológica (CDB) que está sendo realizada nestes dias em Cali, Colômbia, a Rede Ibero-americana de Diretores e Diretoras de Biodiversidade foi reativada. Este espaço tem como objetivo promover, por meio da cooperação e do intercâmbio de experiências e informações, uma ação conjunta para deter a perda de biodiversidade, um dos grandes desafios que o planeta enfrenta.
Na reunião de reativação foram apresentados o marco, a finalidade, os objetivos e o plano de trabalho inicial da rede, que incorpora ações de formação e capacitação, intercâmbio de experiências e diálogos técnicos, bem como atividades para promover a cooperação internacional em matéria de biodiversidade.
Esta rede se une a outras redes de coordenação e cooperação em matéria de políticas públicas na área do cuidado do meio-ambiente e da luta contra as mudanças climáticas que estão funcionando na comunidade de países ibero-americanos: a Conferência de Direções e Autoridades Ibero-Americanas da Água (CODIA), a Rede Ibero-americana de Escritórios de Mudanças Climáticas (RIOCC) e a Conferência dos Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais Ibero-americanos (CIMHET). Segue, também, o mandato da Cúpula Ibero-americana e foi impulsionada pelos governos da Colômbia e da Espanha e pela Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) e conta com o apoio da União Europeia por meio do Programa Euroclima.
“A Ibero-América é uma referência mundial em biodiversidade e, com esta aliança, queremos marcar objetivos-chave como fez a Rede de Serviços Meteorológicos, que conseguiu estabelecer uma rede de detecção de raios na América Central ou a Rede de Água, que avança na geração de um marco em comum para a qualidade das águas, e tudo isso por meio de uma cooperação horizontal e solidária”, afirmou Jorge Andrés Osorio, responsável pelo setor do Meio Ambiente da SEGIB.
O desafio atual da Rede é a implementação do Marco Mundial de Biodiversidade de Kunming-Montreal e a identificação e a promoção de sinergias entre as agendas de diversidade biológica, de mudanças climáticas e desertificação, para assim contribuir para a materialização da Convênio sobre a Diversidade Biológica e outros Convênios e Acordos Multilaterais relacionados à biodiversidade e as demais Convenções do Rio”, disse Adriana Rivera, diretora de Florestas, Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos do Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia.
“Em um momento crucial para garantir a saúde do planeta, em que a soma de esforços, o diálogo e o intercâmbio são essenciais para garantir a conservação da biodiversidade, a Espanha se orgulha da reativação e de fazer parte da Rede Ibero-americana de Diretores e Diretoras de Biodiversidade juntamente com os demais países da região. Este impulso constitui um novo exemplo do compromisso da Espanha com a proteção da biodiversidade e com a melhoria da cooperação ibero-americana”, afirmou, no evento, a diretora geral de Biodiversidade, Florestas e Desertificação do MITECO, María Jesús Rodríguez de Sancho.
“O intercâmbio de experiências, o diálogo sobre desafios, acertos e erros e a cooperação internacional são fundamentais para desenhar e implementar políticas públicas melhores e mais eficazes. Especialmente no caso de problemas como a perda de biodiversidade que têm uma dimensão e uma complexidade planetária. Esse será o principal objetivo da rede”, assegurou Almudena Barrio, coordenadora do Programa Euroclima da Fundação Internacional e para a Ibero-América de Administração e Políticas Públicas (FIIAPP).
Começa a 8ª Semana da Cooperação Ibero-Americana
Em 28, out 2024 | Em Cooperação Ibero-americana, Notícias | Por IberCultura
Entre os dias 28 de outubro e 3 de novembro, os 22 países ibero-americanos celebram o trabalho que realizam conjuntamente por uma região mais justa e sustentável. Com a campanha “Cooperação, a força que impulsiona a Ibero-América”, lançada pela Secretaria Geral Ibero-Americana (SEGIB) por ocasião da 8ª Semana da Cooperação Ibero-Americana, busca-se dar visibilidade ao trabalho dos seus 30 programas, iniciativas e projetos adstritos, surgidos das Cúpulas Ibero-americanas de Chefes de Estado e de Governo, sob uma perspectiva inovadora, solidária e sustentável.
A campanha, que aborda cinco áreas temáticas da cooperação ibero-americana (Cultura, Gênero, Conhecimento e Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Inclusão), coloca a cooperação como a força que transforma a região, nascida da soma das singularidades dos 22 países que a compõem e de seus valores comuns, contribuindo de maneira valiosa para o cumprimento dos ODS e da Agenda 2030. Onde quer que esteja presente, o impulso da cooperação deixa uma reconhecida trilha de oportunidades, solidariedade, igualdade e entendimento, provocando uma transformação na vida dos 670 milhões de cidadãs e cidadãos que habitam a região.
Durante esses sete dias, será divulgada uma série de materiais que mostram o trabalho diário em torno dos eixos estratégicos da cooperação. Todos os países da região, os Programas, Iniciativas e Projetos Adscritos da Cooperação Ibero-Americana (PIPA), as Redes Ibero-Americanas e a SEGIB se unem para apresentar o trabalho que realizamos em conjunto.
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Aqui está a agenda de eventos, jornadas, concertos e encontros programados para esses dias: https://cutt.ly/HeFmMZYh
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(Fonte: SEGIB)
23 propostas estão habilitadas na sexta edição do concurso Sabores Comunitários Migrantes
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Vinte e três pessoas enviaram inscrições para a sexta edição do concurso Sabores Migrantes Comunitários, uma iniciativa conjunta dos programas IberCultura Viva, Iber-Rutas e Ibercocinas que premia histórias de receitas e práticas culinárias de comunidades migrantes na Ibero-América. Terminado o prazo de análise de recursos (na sexta-feira, 25 de outubro), as 23 propostas foram consideradas habilitadas e passarão para a segunda etapa do processo seletivo, quando serão avaliadas as receitas e histórias enviadas.
Uma primeira lista, com 21 propostas habilitadas, havia sido publicada no dia 23 de outubro. As duas pessoas que tiveram candidaturas não habilitadas enviaram recursos dentro do prazo, corrigindo a postulação. Ambos os recursos foram aceitos pela Unidade Técnica.
As pessoas que tiveram suas postulações habilitadas nasceram nos seguintes países: Bolívia (2), Colômbia (8), Cuba (1), Equador (1), El Salvador (1), México (2), Peru (2) e Venezuela (6). Os países de residência que aparecem na lista de candidaturas habilitadas são: Argentina (4), Brasil (8), Chile (1), Colômbia (3), Costa Rica (2), Espanha (4) e Peru (1).
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O edital
O valor total atribuído ao concurso Sabores Migrantes Comunitários 2024 é de 8 mil dólares para um máximo de 13 propostas. As iniciativas selecionadas receberão um reconhecimento como ‘Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana’ e um prêmio de US$ 600.
As inscrições para esta edição do concurso estiveram abertas na plataforma Mapa IberCultura Viva entre 13 de setembro e 18 de outubro. Para participar era necessário ter mais de 18 anos, ser de origem ibero-americana e residir em país diferente do país de origem, ou ser descendente de migrantes até ao segundo grau de parentesco (pai/mãe, avô/avó).
As pessoas interessadas deveriam enviar uma receita da sua comunidade de origem, a história por trás dela e a forma como aquela prática culinária está inserida na comunidade anfitriã. Este ano, as receitas deveriam ser enviadas em um vídeo de até 2 minutos de duração..
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Etapa de avaliação
A seleção seguirá os critérios estabelecidos no regulamento. Entre eles estão a representatividade da preparação para a comunidade de origem; a experiência de inserção na comunidade receptora; a geração de conhecimentos e práticas tradicionais e criativas promovidas por cozinheiras e cozinheiros migrantes; o impacto direto na segurança alimentar e estratégias de difusão do conhecimento culinário e/ou construção de um legado culinário às novas gerações com consciência de sua cultura diversa.
Além disso, será privilegiada a diversidade cultural das propostas, por meio da seleção de projetos de diferentes países. Serão consideradas com maior pontuação as apresentações realizadas por mulheres, jovens entre 18 e 35 anos, bem como indígenas, afrodescendentes e/ou camponeses/as, e pessoas pertencentes a comunidades que estão em situação de deslocamento, ou que estão em processo migratório em um refúgio.
Todas as pessoas que tenham suas práticas culinárias selecionadas deverão prepará-las em sua comunidade e enviar depoimento aos programas organizadores, no prazo de 30 dias após o recebimento do estímulo econômico.
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Confira a lista definitiva de candidaturas habilitadas
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(Texto atualizado em 28 de outubro de 2024, após a análise dos recursos recebidos)
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Ibero-América define roteiro sobre o direito à cultura no caminho para a Mondiacult 2025
Em 18, out 2024 | Em Congressos, Cooperação Ibero-americana, Notícias | Por IberCultura
(Texto: SEGIB)
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O II Congresso Ibero-Americano de Direito da Cultura foi encerrado, após três dias de trabalho na Universidade de Tlaxcala (México), com uma série de propostas para a promoção, proteção e acesso equitativo à cultura e para solidificar o desenvolvimento de marcos regulatórios e políticas inclusivas e sustentáveis.
Com esta base, a Ibero-América se consolida como uma região pioneira na defesa e na promoção do direito da cultura como um bem público e um direito fundamental.
Entre as propostas em destaque do congresso estão:
- Promover nos documentos resultantes da MONDIACULT 2025 que se inclua a necessidade de abordar o desenvolvimento de marcos regulatórios relacionados ao direito da cultura sobre os temas ali debatidos e acordados, considerando as recomendações do Espaço Cultural Ibero-Americano.
- Propor diante de distintas instâncias internacionais mecanismos de financiamento para o desenvolvimento e políticas fiscais que incluam e garantam o ciclo de políticas públicas que favoreçam o exercício do direito da cultura no contexto da 4ª Conferência Mundial sobre Financiamento do Desenvolvimento.
- Vincular, com base no consenso regional da Carta Cultural Ibero-Americana, novas agendas, como a abordagem às novas tecnologias, com especial atenção às tecnologias emergentes, como a inteligência artificial.
Perante a convergência jurídica cultural, o Congresso se centrou na necessidade de articular estratégias jurídicas que garantam o acesso universal à cultura por meio de um sistema de garantias que fortaleça os estados democráticos, o pluralismo e a inclusão cultural.
Da mesma forma, se destacou a validade da Carta Cultural Ibero-Americana como guia para proteger a cultura como um direito fundamental, e em como as legislações adaptadas às diversas realidades nacionais podem garantir o acesso e o exercício do direito da cultura na Ibero-América, exportando experiências e boas práticas para outras regiões do mundo.
Entre os temas debatidos, se destacou o desafio de fortalecer os marcos regulatórios de instituições culturais relativamente jovens nos estados ibero-americanos, um desafio crucial para avançar em seus processos de implementação institucional.
Também se abordou a defesa do direito à cultura nas comunidades originárias e afrodescendentes, bem como o impacto das tecnologias emergentes em questões relacionadas aos direitos autorais e à liberdade de criação. Tudo isso sob a premissa de promover a cultura como um motor de desenvolvimento e de coesão social.
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Um compromisso regional e global com soluções inovadoras
Além de refletir os desafios da região, os resultados do Congresso apontam para soluções inovadoras que a Ibero-América desenvolveu para situar a cultura no centro das políticas culturais e de financiamento para o desenvolvimento. Ao apresentar estes resultados no MONDIACULT 2025, a Ibero-América reafirmará a sua liderança global na defesa e na promoção do direito à cultura, estabelecendo uma ponte entre os atores locais, nacionais e internacionais, consolidando, assim, a importância do Espaço Cultural Ibero-americano.
O Congresso – que reuniu durante três dias mais de 100 especialistas, juristas e acadêmicos – foi finalizado com um apelo aos países ibero-americanos para que sigam promovendo o acesso equitativo à cultura, protegendo a diversidade cultural e reconhecendo o papel central desempenhado pela cultura no desenvolvimento sustentável e na construção de sociedades mais justas, inclusivas e pacíficas.
As recomendações e propostas deste encontro serão apresentadas na XXIX Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo em Cuenca, Equador, em novembro próximo. Além disso, as conclusões do congresso serão levadas para a próxima Conferência Mundial de Políticas Culturais da UNESCO (MONDIACULT), que terá lugar em Barcelona em 2025, reafirmando a liderança da Ibero-América na proposta de marcos regulatórios que reconheçam a cultura não apenas como um veículo de identidade e de diversidade, mas como um direito inerente a todas as pessoas.
O II Congresso Ibero-Americano de Direito da Cultura é o resultado de um esforço institucional da SEGIB, com a coordenação acadêmica da Fundação Gabeiras, o apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), da Universidade Autônoma de Tlaxcala e do Instituto Interuniversitário para a Comunicação Cultural (UC3M-UNED).
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Aqui estão os vídeos das transmissões ao vivo:
- Día 1: ➡️ https://bit.ly/4f5MEwi
- Día 2: ➡️ https://bit.ly/3Y5HObi I
- Día 3: ➡️ https://bit.ly/4eXJI4Q
16 propostas de intercâmbio foram selecionadas no edital IberEntrelaçando Experiências 2024
Em 17, out 2024 | Em Destaque, Editais, IberEntrelaçando Experiências, Intercâmbios, Notícias | Por IberCultura
O programa IberCultura Viva publicou nesta quinta-feira, 17 de outubro, o resultado final da edição 2024 da convocatória IberEntrelaçando Experiências. Das 21 propostas de intercâmbio enviadas à plataforma Mapa IberCultura Viva durante o período de inscrição, 16 foram selecionadas.
Este edital, que coloca em circulação os projetos do Banco de Saberes Culturais e Comunitários IberCultura Viva, tem um valor total de 31 mil dólares. Como estabelecia o regulamento, a seleção final contemplou como critério a diversidade cultural, garantindo que fossem selecionados, em primeiro lugar, projetos provenientes de diferentes países.
As 16 propostas selecionadas têm como anfitriãs organizações culturais comunitárias de Argentina (2), Brasil (2), Colômbia (2), Costa Rica (1), Equador (1), Espanha (2), México (3), República Dominicana (1) e Peru (2). Esses intercâmbios serão realizados entre novembro e janeiro de 2025
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Confira a ata com a lista de propostas selecionadas
A seguir apresentamos as propostas selecionadas nesta edição da chamada. Os países destacados são os das organizações que se apresentam como anfitriãs.
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ARGENTINA
O Centro Cultural La Piojera recebe “Itinerarte – Oficina de Planejamento e Produção de Eventos Comunitários, Culturais e Artísticos em Espaços de Bairro”, de Más Música, Menos Balas (México)
Onde será realizado o intercâmbio: Cidade de Córdoba (Argentina)
Quem viaja
Pessoas facilitadoras: Gabriela Belén Palacios e Claudio Germán García
Organização responsável: Más Música, Menos Balas
Más Música, Menos Balas é um movimento que busca promover a paz e a prevenção da violência por meio da música e outras expressões artísticas. Começou em 2011 em Acapulco (Guerrero, México), e também teve impacto em Jalisco, com atividades como intervenções artísticas em espaços públicos, exposições de arte, concertos, apresentações de livros, oficinas culturais, educativas e recreativas para a comunidade, além de projetos de desenvolvimento comunitário e espaços de diálogo e organização de feiras. Atualmente, a organização faz parte do Grupo Impulsor do 6º Congresso Latino-americano de Culturas Vivas Comunitárias, que será realizado em abril de 2025 no México.
A proposta: Com a oficina “Itinerarte”, a organização pretende mostrar como os eventos comunitários, culturais e artísticos em espaços de bairro podem ser ferramentas poderosas para fortalecer a coesão social e promover a paz. Alguns aspectos-chave incluem a identificação das necessidades locais e a concepção criativa de eventos que reflitam a diversidade cultural e incentivem a participação ativa. No final da oficina, as pessoas participantes estarão mais bem preparadas para organizar eventos culturais inclusivos e significativos nos seus bairros, em diferentes formatos que permitem a itinerância.
Quem recebe
O Centro Cultural La Piojera é um cinema e teatro histórico recuperado por iniciativa e luta de vizinhas e vizinhos. Por meio da Portaria nº 12.976, La Piojera adquiriu uma modalidade de administração única na Argentina, baseada em um espaço de cogestão e participação comunitária. A experiência de governança do município com organizações e instituições da cidade de Córdoba é um marco de participação comunitária para a região. La Piojera é um “Bem de Interesse Histórico Nacional”, declarado pela Comissão Nacional de Monumentos, Lugares e Bens Históricos.
Desde a sua reabertura, em 2019, ali se desenvolve intensa atividade, focada na ampliação do acesso a experiências culturais para setores populares. Escolas, centros de repouso, vizinhos e vizinhas reúnem-se ali com diferentes expressões artísticas, como cinema, dança, teatro e música, gratuitamente.
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A Associação Diversidad Valiente Santiagueña (Di.Va.S) recebe a “Clínica Intensiva de Práticas Arquivísticas Pessoais”, da associação Archivo Memoria Trans (Buenos Aires)
Onde será realizado o intercâmbio: Santiago del Estero (Argentina)
Quem viaja
Facilitadora: Carolina Nastri
Organização responsável: Arquivo da Associação Civil da Memória Trans
A Associação Civil Archivo de Memória Trans é um espaço de proteção, construção e reivindicação da memória trans. O material gravado vai do início do século XX até o final da década de 1990. Seu acervo preserva uma coleção que inclui memórias fotográficas, cinematográficas, sonoras, jornalísticas e peças diversas, como carteiras de identidade, passaportes, cartas, bilhetes, arquivos policiais, artigos de revistas e diários pessoais.
A proposta: A “Clínica Intensiva de Práticas Arquivísticas Pessoais” prevê duas sessões, nas quais se abrirá um processo de trabalho colaborativo, como laboratório de ideias, para refletir sobre as possibilidades e limitações oferecidas pelos documentos arquivísticos, e compreender seu valor documental e historiográfico das fotografias e documentos. (Quando e como criamos arquivos? Quais são os nossos percursos, as nossas referências, as nossas bibliografias? Quem nos ensina? Quem escreve as histórias?)
Quem recebe
Diversidad Valiente Santiagueña (Di.Va.S) é uma associação civil sem fins lucrativos cujas atividades centrais são a sensibilização, informação e formação em torno da defesa dos direitos das pessoas LGBTIQ+. Sua sede, a Casa da Diversidade, na capital Santiago del Estero, é referência provincial e regional no tema e conta com um Arquivo da Memória das Mulheres Trans em Santiago del Estero, que constitui um espaço de conservação e construção do coletivo.
Este intercâmbio visa capacitar a comissão responsável pelo arquivo, a fim de: a) Aumentar os registros digitais (fotos, histórias, documentos) para outras dissidências, como lésbicas, homens trans e pessoas não binárias; b) Reforçar as capacidades de gestão, saberes e conhecimentos sobre questões arquivísticas; c) Abordar os problemas enfrentados pelas dissidências, desenvolvendo conteúdos que dêem visibilidade aos direitos sexuais, reprodutivos e laborais, à militância do grupo na sua luta pelo prolongamento da esperança de vida, pelo acesso à educação, à habitação digna e a uma maior participação política.
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BRASIL
O Ponto de Cultura Oficinativa/AfroEscola recebe a oficina “Criação de livros infantis com visão intercultural”, da Associação Runapacha (Colômbia)
Onde será realizado o intercâmbio: Santo André, São Paulo (Brasil)
Quem viaja
Pessoas facilitadoras: Tisoy Tandioy e Juan Camilo Ruiz Eraso
Organização responsável: Asociación Runapacha (Colômbia)
A Associação Runapacha é um grupo formado por mulheres e homens da comunidade Inga de Santiago Putumayo, que desde 2019 buscam promover o fortalecimento do conhecimento ancestral por meio da cultura, das artes, da literatura e do audiovisual, com foco especial nas línguas ancestrais das comunidades (Inga, Kichwa ou Runa Shimi). Na Biblioteca Rural Itinerante Taita Gabriel Tisoy, localizada em seu território, desenvolvem atividades culturais baseadas em suas tradições e língua ancestral.
A proposta: O objetivo da oficina proposta pela Associação Runapacha no Banco de Saberes IberCultura Viva é fornecer princípios para a criação de livros infantis a partir do conhecimento das comunidades, de suas experiências, de seu território e de suas línguas.
Quem recebe
A AfroEscola existe como coletivo e iniciativa sociocultural desde 2006 e se preocupa em dar visibilidade e valorização às africanidades, originais e da diáspora, ancestrais e contemporâneas, pesquisando e compartilhando tecnologias, saberes e fazeres em diversas áreas da vida: alimentação, habitação, mobilidade, educação, saúde, turismo, lazer, geração de renda/trabalho, etc.
Segundo eles, o intercâmbio com a Associação Runapacha será importante para poder aprender/melhorar a questão das publicações de suas próprias memórias, de modo sustentável e criativo, e também como estímulo para investigar mais profundamente as línguas afro e indígenas de seus territórios.
Com os facilitadores da oficina pretendem realizar estudos sobre suas origens ancestrais indígenas; produzir itens de literatura étnica; apreciar materiais e conteúdos dos povos ameríndios; coletar depoimentos e imagens para seu acervo memorial e promover o intercâmbio de materiais simbólicos de suas culturas.
O Centro Cultural Ilê Asé Iya Oju Omi recebe a oficina “Bem viver na cidade: recuperação de saberes ancestrais, práticas bioculturais e artes comunitárias”, do Ponto de Cultura Arena y Esteras (Peru)
Onde será realizado o intercâmbio: São Pedro da Aldeia, Rio de Janeiro (Brasil)
Quem viaja
Pessoas facilitadoras: Ana Sofia Pinedo Toguchi e Cesar Arturo Mejia Zuñiga
Organização responsável: Asociación Taller de Educación y Comunicación a través del Arte Arena y Esteras (Peru)
Criada em 1992, Arena y Esteras é uma organização formada por pessoas de Villa El Salvador e Lima Sul, que, por meio do teatro comunitário, do circo social, das artes vivas e da comunicação popular, buscam tornar visíveis os problemas estruturais, valorizar as culturas locais e promover processos de recuperação de saberes ancestrais para fortalecer as comunidades.
A proposta: A Escola de Bem Viver Urbano é uma proposta que integra práticas bioculturais: hortas, compostagem, ligações com rios, morros, junto com rituais urbanos (cerimônias, huacas, mitos), bem como a recuperação de saberes e artesanatos (tecelagem, cura com ervas, alimentos tradicionais, sementes). Essas aprendizagens são articuladas por meio de processos criativos que incluem o teatro comunitário e o circo social como alavancas que permitem processar afetivamente os saberes e compartilhá-los em ambientes urbanos de forma lúdica e dinâmica.
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Quem recebe
Criado há mais de 20 anos, o Ilê Asé Iya Oju Omi é o primeiro Ponto de Cultura afro e indígena de São Pedro da Aldeia (Rio de Janeiro), também reconhecido como “Ponto de Memória” pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). É uma comunidade matriarcal voltada para o sagrado feminino que reverencia Oxum e Oxóssi, um terreiro de acolhimento, ativista das causas raciais, preservando a memória coletiva afro-diaspórica e dos povos originários. O terreiro atua na região das baixadas litorâneas como um polo de salvaguarda do patrimônio afro brasileiro, beneficiando diretamente em torno de 50 agentes comunitários.
O intercâmbio com o Ponto de Cultura Arena y Esteras busca valorizar saberes ancestrais, se reconectar com a natureza e a cultura, além de fortalecer as/os integrantes do Ilê por meio do teatro comunitário, do circo social e de práticas bioculturais. Estas atividades reforçarão o papel da casa como espaço de preservação cultural e fortalecimento comunitário.
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COLÔMBIA
A Fundação Changuito Visual recebe o projeto “Ponto de Gestão Cultural Comunitário”, da Fundación Comunidad Contemporánea (Argentina)
Onde será realizada o intercâmbio: Vale do Cauca, Cali (Colômbia)
Quem viaja
Facilitador: Cristian Coronel
Organização responsável: Fundación Comunidad Contemporánea
A Fundación Comunidad Contemporánea teve início em 2004, em Quilmes (Argentina), e foi oficialmente instituída em 2019. Tem como missão promover a cidadania ativa e participativa por meio de programas educacionais, artísticos, sociais, culturais, de pesquisa e cooperação, abrangendo seis eixos estratégicos: Cultura Livre, Soberania Audiovisual, Comunicação Alternativa, Arquitetura Comunitária, Práticas Sociais Educacionais e Redes de Cooperação.
A proposta: O Ponto de Gestão Cultural Comunitário busca trabalhar problemas relacionados à aprendizagem de práticas comunitárias e construir metodologias baseadas na autogestão, na ajuda mútua e no território. É um espaço de encontro de agentes culturais, focado no aprendizado comunitário por meio de oficinas, buscando a criação de projetos conjuntos. Está previsto um sistema de práticas que incentive o intercâmbio e a implementação de projetos no território.
Quem recebe
Changuito Visual é um laboratório itinerante de educomunicação da cidade de Cali, empenhado em promover projetos político-pedagógicos de participação de crianças e adolescentes, focados no real protagonismo nas questões que os afetam. O objetivo é proporcionar espaços de aprendizagem, reflexão e ação onde as crianças desenvolvam, potencializem e fortaleçam competências criativas e socioemocionais baseadas em diferentes técnicas de comunicação, que lhes permitam, por um lado, reconhecerem-se como sujeitos de direito, e por outro, expressar livremente seus sentimentos e pensamentos em relação ao contexto em que vivem. A fundação criou diferentes metodologias de pesquisa-ação participativa com as crianças de Cali e suas periferias, como a Amarelinha da Participação Infantil, a Gincana Abya Yala e os Colaboradores Transmídia de Gráfica “Anti-adultista”.
Segundo a organização anfitriã, este intercâmbio será uma oportunidade valiosa para fortalecer os laços entre agentes sociais, artistas e associações civis e enriquecer novas práticas pedagógicas a partir de seus enfoques na cultura livre, na soberania audiovisual e na comunicação alternativa.
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A Associação Runapacha recebe o laboratório/oficina “Dance do seu jeito, o corpo como texto”, da Asociación Cultural Akántaros (Espanha)
Onde será realizado o intercâmbio: Santiago, Putumayo (Colômbia)
Quem viaja
Pessoas facilitadoras: Laura Szwarc e Mario Muñoz
Organização responsável: Asociación Cultural Akántaros
Akántaros é uma associação multicultural e transdisciplinar dedicada à arte e à educação. Um coletivo que realiza ações baseadas em metodologia laboratorial como espaço de pesquisa, experimentação e criação, em constante diálogo com o contexto e seus imprevistos. O trabalho de Akántaros é realizado desde 2000 em constantes ações participativas e processos comunitários.
A proposta: A dança nos mostra a linguagem do corpo. Cada corpo, através da dança, amplia e investiga suas possibilidades de movimento e quietude, seus gestos, posturas, tons, destrezas e habilidades. A proposta consiste em criar um laboratório/oficina onde a dança é refletida e colocada em prática como manifestação de fruição e o corpo como texto. Uma oportunidade de dançar sem limites de idade, fisionomia corporal ou capacidades físicas. A ideia é oferecer às pessoas participantes ferramentas para descobrir e fortalecer um canal de comunicação e expressão.
Quem recebe
A Associação Runapacha é um grupo formado por mulheres e homens da comunidade Inga de Santiago Putumayo, que desde 2019 buscam promover o fortalecimento do conhecimento ancestral por meio da cultura, das artes, da literatura e do audiovisual, com foco especial nas línguas ancestrais das comunidades (Inga, Kichwa ou Runa Shimi). Na Biblioteca Rural Itinerante Taita Gabriel Tisoy, localizada em seu território, desenvolvem atividades culturais baseadas em suas tradições e língua ancestral. Além disso, apoiam a linha de pesquisa escrita, ilustrada e audiovisual em três línguas (inga, kichwa e espanhol) de símbolos da tecelagem artesanal “chumbe” em sua comunidade Inga. O livro “Historias cortas en inga y kichwa para niñas y niños”, de autoria do coletivo, foi apresentado na Feira Internacional do Livro de Bogotá, em abril de 2024.
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COSTA RICA
A Prefeitura de Alajuelita, em parceria com a Fundação Keme, recebe o projeto “EVA (Em Voz Alta): Redes Feministas de Bairro”, da Associação Civil Ni Una Menos Santiago del Estero (Argentina)
Onde será realizado o intercâmbio: Alajuelita, San José (Costa Rica)
Quem viaja
Facilitadoras: Gabriela del Pilar Yauza e Ana Virgínia Sequeira
Organização responsável: Associação Civil Ni Una Menos Santiago del Estero (Argentina)
Um dos objetivos do Ni Una Menos é capacitar, promover e divulgar a perspectiva de gênero, os direitos humanos e a inclusão social a partir da interseccionalidade. Propõe-se também conceber, gerir e implementar projetos de intervenção social que permitam desenvolver e/ou sistematizar experiências feministas em diferentes territórios.
A proposta: “EVA (em voz alta): Redes Feministas de Bairro” é um espaço de cuidado para quem cuida, é uma oficina que desenvolve conteúdos sobre desigualdades de gênero, incentiva a escuta e a produção de histórias que contem experiências de mulheres em bairros populares. Essa experiência vem se desenvolvendo desde 2019.
Quem recebe
A Municipalidade de Alajuelita/Unidade de Gestão Cultural propôs este intercâmbio em coordenação com a Fundação Keme, uma organização sem fins lucrativos cujo objetivo principal é usar a arte e a ecologia como ferramentas para a mudança social.
Desde 2019, o governo local conta com uma política cultural que foi construída a partir da base comunitária e que tem levado o cantão a participar de espaços para fortalecer diferentes processos culturais no território.
As comunidades de Alajuelita têm uma longa história de trabalho conjunto e estão passando por um processo de reorganização para o qual, segundo elas, conhecer e se apropriar do EVA como ferramenta seria estratégico, oportuno e valioso. O público-alvo desta proposta serão os membros da Rede de Gestores Culturais de Alajuelita, os cinco Núcleos de Ação Cultural Comunitária, organizações comunitárias, coletivos locais e funcionários públicos.
EQUADOR
O Centro Shuar Samikim/Comunidade Samikin recebe a oficina “Patrimônio cultural no palco: Jogo cênico para contar histórias”, do Coletivo Alcapate (El Salvador)
Onde será realizado o intercâmbio: Paróquia Macuma, Cantão Taisha, Província Morona Santiago (Equador)
Quem viaja
Pessoas facilitadoras: Astrid Francia e Oscar Guardado
Organização responsável: Coletivo Alcapate (El Salvador)
O Coletivo Alcapate surgiu em 2011 a partir de um projeto de formação de elenco de teatro comunitário na comunidade indígena do cantão Sisimitepet, no município de Nahuizalco, a partir da revalorização das expressões de seu patrimônio cultural imaterial. Posteriormente continuaram a realizar estas ações em comunidades das zonas urbanas e rurais de El Salvador, nos distritos de Soyapango, Ilopango, Panchimalco e Usulután.
A proposta: O objetivo desta oficina é realizar um trabalho de reflexão coletiva com base no que significa cultura e identidade na comunidade, nas expressões do património imaterial local, para ter consciência da valorização ou reconhecimento social deste património e de sua importância na comunidade. A partir disso, serão identificadas expressões culturais que apresentam ameaças ao seu desenvolvimento e serão partilhadas estratégias de salvaguarda da memória coletiva. No final, será criado um exercício cênico com a comunidade.
Quem recebe
O Centro Shuar Samikim, também conhecido como Comunidade Samikim, é uma organização comunitária Shuar que reúne os bairros Yamaram, San José, San Juan, Chiriap e Wisum. Com uma área de 2.450 hectares, é habitada por cerca de 40 famílias, que juntas somam cerca de 400 pessoas. A comunidade tem 20 anos de história e conta com dois grupos de dança tradicional Shuar (Yusa Dance Group e Tiwia Culture Dance Group) e um grupo de teatro. Em 2023, a Escola de Teatro Intercultural Shuar foi realizada por iniciativa do Grupo de Teatro Tsapnin Jintia.
Pela proposta apresentada, o intercâmbio de saberes será mútuo. Os três grupos artísticos Samikim compartilharão suas danças e apresentações teatrais no início e no encerramento da oficina e ensinarão à dupla de facilitadores como dançar a dança Shuar. Além disso, durante os seis dias de convivência, serão compartilhados a visão de mundo, o conhecimento, o artesanato e a paisagem cultural da Cachoeira Samikim.
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ESPANHA
O Teatro Comunitário El Gancho recebe a oficina “Gestão e produção de projetos comunitários: Uma arte essencial e quase sempre invisível”, da Associação Civil Matemurga (Argentina)
Onde será realizado o intercâmbio: Zaragoza (Espanha)
Quem viaja
Facilitadora: Andréa Hanna
Organização responsável: Asociación Civil Matemurga (Argentina)
A Matemurga nasceu em 2002 a partir de um apelo da sua diretora, Edith Scher, aos ouvintes do programa de rádio “Mate Amargo”. Com o tempo, o grupo se tornou independente do programa e em 2006 começou a se enraizar em Villa Crespo, onde é formado por 90 vizinhos e vizinhas de todas as idades. O grupo tem em seu repertório uma série de espetáculos (“Herido barrio” é o maior, com mais de 50 apresentações já realizadas), uma orquestra (La Orquesta del Mate, formada por 25 vizinhos/as), um grupo de vizinhos/as marionetistas (Los Títeres del Mate), um espaço de dança e outro espaço de teatro para adolescentes. Além disso, possui três livros publicados: Matemurga 2002-2012, Matemurga 15 anos e Matemurga com a alma. Histórias das janelas.
A proposta: A oficina “Gestão e produção de projetos comunitários: Uma arte essencial e quase sempre invisível” se propõe como um espaço teórico-prático que se baseia em projetos específicos que as organizações anfitriãs estão realizando ou pretendem realizar. Os conteúdos serão abordados através da partilha, como testemunho, da área de gestão e produção do grupo de teatro comunitário Matemurga Asociación Civil, como boa prática de democracia cultural.
Quem recebe
O Teatro Comunitário El Gancho (Asociación Cultural Promoción del Teatro Comunitario) é um grupo de Zaragoza, em funcionamento desde 2015. Seguindo a linha do teatro comunitário argentino, já que seus coordenadores foram formados em grupos de lá, eles realizam espetáculos e eventos com forte cunho territorial. É um grupo intergeracional, com pessoas dos 10 aos 72 anos, e que trabalha em rede com outros grupos artísticos comunitários e organizações sociais de seu bairro e cidade. Fundadores da Rede de Teatro Comunitário, que integra grupos com características semelhantes na Espanha, seus membros trabalham numa perspectiva de transformação social e com o objetivo de melhorar a vida das pessoas e do bairro, recuperando a memória e reforçando a identidade do território.
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O Teatro Social e de Gênero Calincha recebe a oficina “Eros e Thanatos em Gabo – Narrar para curar: um legado da Colômbia para o mundo”, do Encuentro de Voces (Colômbia)
Onde será realizado o intercâmbio: Comarca de la Vera, província de Cáceres (Extremadura, Espanha)
Quem viaja
Facilitadora: Liliana Zapata
Organização responsável: Encuentro de Voces (Colômbia)
O “Encontro de Vozes, onde a sua voz é a minha voz” é um espaço de contação de histórias que nasceu em 2009 em Medellín, como resposta à crescente onda de mortes e insegurança na cidade. Este espaço artístico e cultural nasceu no bairro Castilla, com a missão de ser um lugar para sonhar com um mundo ideal, “cheio de fantasia e cor, cheiro e sabor”, onde, através das palavras e da interação, se “possa voar através lugares mágicos”, como alternativa para aproveitar o tempo livre de forma saudável, positiva e produtiva.
A proposta: Inspirado na obra de Gabriel García Márquez, o projeto “Contar histórias para curar” visa usar a narrativa e o realismo mágico como ferramentas para capacitar emocionalmente as comunidades. Entre os conteúdos a serem desenvolvidos estão oficinas de escrita criativa; leitura de obras de García Márquez em espaços comunitários; bate-papo sobre o poder curativo das histórias e da criação de bibliotecas comunitárias. Por fim, será proposta uma discussão sobre as histórias compartilhadas, explorando temas comuns, emoções partilhadas e como as histórias podem ser ferramentas poderosas para a cura pessoal e coletiva.
Quem recebe
Calincha é uma associação de profissionais que trabalham com teatro social e de gênero há mais de 18 anos. Situada na província de Cáceres (Extremadura), a organização trabalha a coeducação como modelo para construir relações de equidade, sem discriminação nem violência de gênero, promovendo o teatro social como ferramenta de intervenção, favorecendo a igualdade de oportunidades para todos. A Rota do Teatro Mulheres de La Vera é uma das atividades que têm se desenvolvido nos últimos anos.
Suas integrantes valorizam o realismo mágico e, com esse intercâmbio, esperam oferecer um espaço para as mulheres imaginarem novas possibilidades e transformações em suas vidas. A intenção é que os elementos fantásticos deste estilo narrativo possam servir como metáforas para as suas lutas e esperanças, ajudando as participantes a recontextualizar a sua dor e a encontrar significado nas suas histórias.
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MÉXICO
Más Música, Menos Balas recebe a oficina “Como construir participação autêntica das comunidades”, do Ponto de Cultura El Cántaro BioEscuela Popular (Paraguai)
Onde será realizado intercâmbio: Zapopan, Jalisco
Quem viaja
Pessoas facilitadoras: Joe Giménez e Gustavo Diaz
Organização responsável: Fundação El Cántaro BioEscuela Popular
El Cántaro BioEscuela Popular é uma comunidade de aprendizagem sem fins lucrativos localizada em Areguá, Paraguai, que desde 2007 trabalha pela transformação social por meio da arte, da educação crítica e da cultura. A organização é um Ponto de Cultura que oferece diversas oficinas criativas populares e atividades socioculturais com acesso gratuito a crianças, jovens e adultos da comunidade.
A proposta: O que se propõe é compartilhar a experiência desses 17 anos de trabalho para motivar outras iniciativas, acrescentar outras perspectivas e também partilhar erros. Com uma metodologia participativa e experiencial, combinando sessões teóricas com atividades práticas, a proposta prevê uma introdução à cartografia social como ferramenta de compreensão do território; a elaboração de mapas simbólicos que representam a identidade, os valores e os desafios das comunidades participantes, e um percurso pelo território para observar e documentar as suas características, recursos e dinâmicas sociais. Serão também partilhadas técnicas de realização de entrevistas e enquetes participativas, além dos conceitos e princípios da mediação cultural comunitária como ferramenta para resolver conflitos e promover a interculturalidade.
Quem recebe
Más Música, Menos Balas é um movimento cultural e social que busca promover a paz e a prevenção da violência por meio da música e outras expressões artísticas. Originou-se em 2011 em Acapulco (Guerrero, México), e também teve um impacto significativo em Jalisco, onde cresceu e se tornou uma ONG chamada Más Música, Menos Balas Guadalajara. Atualmente, é uma das 14 organizações que fazem parte da plataforma Cultura Viva Comunitária no México, além de fazer parte da equipe impulsionadora do 6º Congresso Latino-Americano de Culturas Vivas Comunitárias.
Entre as atividades que realizam estão intervenções artísticas em espaços públicos para promoção da cultura de paz, exposições de arte, concertos, apresentações de livros, oficinas culturais, formativas e recreativas para a comunidade, bem como projetos de desenvolvimento comunitário e espaços de diálogo e feiras das organizações.
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Bibliotecarro El Colibrero recebe a oficina “Bibliotecas fazem cinema”, da Fundación Territorios, Arte y Paz (Colômbia)
Onde será realizado o intercâmbio: El Lencero, Veracruz (México)
Quem viaja
Pessoas facilitadoras: Heidy Helena Mejía Sánchez e Adolfo García Correa
Organização responsável: Fundación Cultural Territorios, Arte y Paz
A Fundación Cultural Territorios, Arte y Paz foi criada com o propósito de conceber e implementar laboratórios culturais de transformação social por meio de estratégias de apropriação das artes, da leitura, da escrita, da oralidade, do teatro social, do cinema comunitário, da realidade virtual e aumentada e da pedagogia da paz. Além de criar a Rede de Bibliotecas Comunitárias Livros Gratuitos para Todos, com a qual abriram mais de 150 pontos de leitura na Colômbia, seus membros trabalham o cinema comunitário com crianças, adolescentes e jovens, e os acompanham em todo o processo de criação, filmagem e pós-produção.
A proposta: Através deste laboratório de formação e cinema comunitário, a organização quer convidar as bibliotecas a abrirem as portas à criação e à produção de conteúdos audiovisuais como estratégia para narrar os contextos territoriais dos espaços que habitam, para que as pessoas tenham a oportunidade de contar suas próprias histórias, sobre personagens, ofícios, paisagens e saberes do seu entorno. Esta proposta conta com duas partes: 1) Conversa e seminário/oficina para mediadores de leitura e animadores socioculturais; 2) Laboratório de cinema comunitário infanto-juvenil.
Quem recebe
El Colibrero é uma biblioteca móvel que desde 2017 presta serviços em localidades do município de Emiliano Zapata, Veracruz, com o objetivo de criar uma comunidade em torno do livro e da leitura. El Chico é a comunidade onde se pretende realizar o projeto “Bibliotecas fazem cinema”. É uma comunidade semi-rural, que conserva uma grande população dedicada à agricultura. Ali se plantam principalmente milho, limão e um pouco de café, e realizam-se atividades relacionadas à pecuária.
Tequio Creación Colectiva recebe a oficina “Enredando saberes, pedagogias de esperança para o cuidado das crianças através da arte e da cultura”, de CulturAula (México)
Onde será realizado o intercâmbio: San Cristóbal de Las Casas, Chiapas (México)
Quem viaja
Pessoas facilitadoras: Rocío Orozco e Vicko Arcienega
Organização responsável: CulturaAula (México)
CulturaAula é um coletivo transdisciplinar
dedicado à pesquisa, formação e incidência da gestão e do desenvolvimento sociocultural a partir de diversas abordagens. Seu trabalho é direcionado a agentes, movimentos e organizações de base comunitária, artistas, educadores/as e instituições. Sua ação procura tornar visível a desigualdade e gerar mecanismos para desmantelar a violência, promover a descentralização da educação, da cultura e o fortalecimento da incidência política e pública.
Quem recebe
A Rede Cultural e Artística Tequio é uma organização formada em 2014, com o objetivo de ativar e revitalizar o cenário cultural e artístico de Chiapas, no México, por meio da comunicação e do intercâmbio consciente, oferecendo oficinas, consultorias e material de divulgação. Para cumprir este objetivo, desenvolvem estratégias que reúnem diferentes agentes na gestão e na produção de atividades de promoção cultural, como festivais, apresentações literárias e concertos, e na realização de atividades de formação. Além disso, ajudam artistas e organizações a reconhecerem os próprios recursos, organizarem as suas ideias para melhorar a comunicação e reconectarem-se com o seu propósito.
Segundo a organização, no contexto de San Cristóbal de Las Casas (região onde tem havido uma situação crescente de violência devido ao crime organizado e ao deslocamento forçado), um processo metodológico como o proposto pelo CulturAula pode fornecer ferramentas poderosas para os que estão próximos e orientar processos com crianças, jovens e população adulta por meio das artes e da cultura.
PERU
A Biblioteca Intercultural Bikut da Comunidade Nativa de Listra recebe a oficina “Bibliotecas fazem cinema”, da Fundación Cultural Territorios, Arte y Paz (Colômbia)
Onde será realizado o intercâmbio: Comunidade nativa de Listra, Imaza, Bagua, Amazonas (Peru)
Quem viaja
Pessoas facilitadoras: Heidy Helena Mejía Sánchez e Adolfo García Correa
Organização responsável: Fundación Cultural Territorios, Arte y Paz
A Fundación Cultural Territorios, Arte y Paz foi criada com o propósito de conceber e implementar laboratórios culturais de transformação social por meio de estratégias de apropriação das artes, da leitura, da escrita, da oralidade, do teatro social, do cinema comunitário, da realidade virtual e aumentada e da pedagogia da paz. Além de criar a Rede de Bibliotecas Comunitárias Livros Gratuitos para Todos, com a qual abriram mais de 150 pontos de leitura na Colômbia, seus membros trabalham o cinema comunitário com crianças, adolescentes e jovens, e os acompanham em todo o processo de criação, filmagem e pós-produção.
Quem recebe
O Grupo Bikut Impulsor é um coletivo formado por acadêmicos/as, ativistas, gestores/as culturais e professores/as que se unem para homenagear a sabedoria de seus ancestrais e criar espaços que funcionem como portais para a educação relacional ecossocial, baseada na visão amazônica de inter-relação entre os humanos. e não-humanos. Esta abordagem promove uma visão holística da educação que respeita a natureza e procura soluções para os problemas atuais, ouvindo diversas vozes e perspectivas.
Segundo o coletivo, este espaço de intercâmbio permitirá revalorizar a cultura Awajún, criando materiais contextualizados, promovendo a produção local e recuperando a memória coletiva a partir das suas próprias cosmovisões e narrativas. Além disso, com abordagem inclusiva e adaptativa, a biblioteca irá capacitar os jovens Awajún, proporcionando-lhes as ferramentas necessárias para serem agentes de mudança em suas comunidades, preservando e promovendo sua identidade cultural num contexto que os respeita e valoriza.
A Associação Cultural Asimtria recebe a oficina “Ler para narrar: um passeio por experiências metodológicas para reconhecer as vozes das crianças através das linguagens literárias”, de Libros Buenos a la Vereda (Colômbia)
Onde será realizado o intercâmbio: Yanahuara, Urubamba, Cusco (Peru)
Quem viaja
Facilitadoras: Erika Jannethe Barrera Botero e Leydy Jhoana Díaz Salas
Organização responsável: Libros Buenos a la Vereda
A organização Libros Buenos a la Vereda realiza experiências de promoção da leitura e da escrita para meninos e meninas que vivem na zona rural de Usme, Bogotá (Colômbia). Sua itinerância começou em maio de 2021 e desde 2022 foram abertos quatro espaços denominados “Cantinhos de Leitura”, localizados em casas rurais e equipados com mobiliário e livros para que possam funcionar como bibliotecas comunitárias rurais. Este ano (2024) pilotaram a Escola Rural de Mediadores Culturais, que projetam como um espaço de formação em Mediação e Direitos Culturais para crianças e jovens rurais e camponeses.
A proposta: “Ler para nos narrar” é um espaço de formação que busca reconhecer as vozes de meninos, meninas e jovens por meio da literatura infantil. O objetivo é compartilhar o desenho metodológico com o qual Libros Buenos a la Vereda desenvolve experiências literárias, que favorecem os processos de leitura, escrita e oralidade no âmbito comunitário e/ou rural. A intenção é que a comunidade tenha as ferramentas para conceber as suas próprias experiências, abordando temas e problemas locais a partir da literatura.
Quem recebe
A Associação Cultural Asimtria é uma plataforma focada na aprendizagem, realização, transferência e partilha de possibilidades de criação coletiva baseadas no livre desenvolvimento de tecnologias, aplicadas ao audiovisual e à escuta. Além disso, busca contribuir para a criação de mídias e espaços que mantenham em constante circulação os conhecimentos e experiências necessárias para que diversas comunidades atinjam de forma autônoma seus propósitos, a partir da exploração da memória e do território. A organização iniciou suas ações em 2006 na cidade de Arequipa, e desde então desenvolve projetos de forma descentralizada nas cidades de Cusco, Ayacucho, Piura, Cajamarca, Puno, Abancay, Huaraz e Trujillo, além de Chile, México, Equador e Colômbia.
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REPÚBLICA DOMINICANA
A Associação de Profissionais de Cabrera (Aprodeca) recebe a “Oficina de cinema comunitário para crianças”, do coletivo CinemaTequio (México)
Onde será realizado o intercâmbio: Cabrera, província de María Trinidad Sánchez
Quem viaja
Pessoas facilitadoras: José Eduardo Bravo Macías e Alejandra Domínguez
Organização responsável: CinemaTequio
O CinemaTequio é um coletivo artístico focado no fortalecimento do patrimônio cultural dos povos e comunidades indígenas por meio de oficinas de cinema comunitário, realizadas a partir de histórias da tradição oral da comunidade anfitriã e, principalmente, em sua língua nativa.
A proposta: A oficina baseia-se no desejo manifestado por uma comunidade de realizar um curta-metragem baseado em histórias de sua tradição oral. O trabalho começa com a adaptação da(s) história(s) em um roteiro que posteriormente servirá de eixo para compartilhar, refletir e colocar em prática os fundamentos técnicos e artísticos. No processo, meninos e meninas podem participar como elenco ou na produção, operando a câmera, gravando som, etc.
Quem recebe
A Associação dos Profissionais de Cabrera (Aprodeca), fundada em 1981, tem como principal missão reunir diferentes profissionais de Cabrera para buscar soluções para os problemas básicos do município. A associação desenvolve atividades sociais, culturais e educativas, possui uma casa-abrigo em Santo Domingo para acolher estudantes e intervém em qualquer atividade social que possa contribuir para o desenvolvimento social e cultural do município e seus habitantes.
Com esta oficina, as crianças de Cabrera poderão captar em um curta-metragem as histórias locais que desejam contar, fortalecendo assim sua identidade como afrodescendentes. Além de reativar a memória comunitária em torno de histórias da sua tradição oral, das suas referências e significados, espera-se incentivar a revalorização do património cultural local e movimentar a comunidade em torno de um projeto comum que parte dos meninos e meninas, mas que convida à participação das suas famílias, professores, autoridades locais e educativas.
Ministério da Cultura do Brasil participa do 1º Encontro Internacional de Cultura Infância, em Córdoba
Em 04, out 2024 | Em Congressos, Notícias | Por IberCultura
(Fotos: Agencia Córdoba Cultura/ Texto: SCDC/MinC)
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As políticas do Brasil para a promoção dos direitos culturais das crianças foram apresentadas nesta quinta-feira, 3 de outubro, no 1º Encontro Internacional de Cultura Infância, realizado na província de Córdoba, na Argentina. O evento, que terminou hoje, busca refletir e debater como a infância é vista nos processos criativos, mas também na gestão e na formulação de políticas públicas. Além do Brasil e da Argentina, o encontro contou com expositores do Panamá, Espanha, México e Chile. Na ocasião, foi apresentada a proposta de construção de um documento que servirá de referência conceitual para acordos internacionais em torno da Cultura Infância.
Representando o Ministério da Cultura (MinC), a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural e presidenta do IberCultura Viva, Márcia Rollemberg, destacou que 17,5% da população brasileira têm até 12 anos de idade, somando cerca de 35 milhões de cidadãos. Segundo a Constituição Federal, a garantia dos direitos desse segmento populacional é uma prioridade absoluta, incluindo o acesso à cultura para que as crianças possam usufruir dos bens culturais e sejam reconhecidas como sujeitos ativos na produção cultural. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura ainda o direito ao brincar, à ludicidade e à fruição cultural.
“Foi muito importante o convite para o Brasil participar do 1° Encontro Internacional de Cultura Infância. O resultado desse debate é o compromisso de avançar nas políticas culturais e na atuação em rede – artistas, produtores, gestores, pesquisadores, integrando iniciativas e os diversos festivais culturais”, explicou Márcia.
O encontro foi organizado pela Agência Córdoba de Cultura e pelo Festival Internacional de Intercâmbio de Línguas (FIL), realizado no Rio de Janeiro desde 2003.
“Esta iniciativa é uma semente que envolve cuidar da terra, compreender que somos do mesmo planeta, que desejamos a paz, o bem-estar social e o respeito à diversidade. Queremos estar juntos como países ibero-americanos para pensarmos em linguagens artísticas, programas de colaboração, acordos, trabalhos conjuntos e políticas públicas”, acrescentou Karen Acioli, organizadora do FIL.
O presidente da Agência Cultura Córdoba, Raúl Sansica, completou: “Há muitos anos que trabalhamos arduamente para preservar este espaço da infância e da juventude. Queremos unir-nos às províncias e aos países interessados em realizar ações e definir linhas de ação neste sentido”.
Já a diretora de Promoção da Diversidade Cultural do MinC, Karina Gama, considerou como essencial a valorização da infância. “É central pensar no reconhecimento das crianças como sujeitos ativos na produção cultural, incentivando-as a criar, expressar e participar da vida cultural, consolidando-as como agentes culturais e não apenas beneficiárias, participando de práticas culturais que promovem o desenvolvimento da cidadania e fortalecimento da identidade cultural”, disse.
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Ações do Brasil
Em fevereiro deste ano, a cidade de Porto Alegre (Rio Grande do Sul) sediou a 1ª Conferência Nacional Cultura Infância, onde foram definidas as propostas prioritárias para serem debatidas, no mês seguinte, na 4ª Conferência Nacional de Cultura (4ª CNC). As propostas aprovadas foram: criação do Plano Nacional Cultura Infância, do Fundo Nacional Cultura Infância e de cotas afirmativas dentro do orçamento das políticas culturais para a promoção de ações direcionadas ao público infantil.
Outra ação destacada foi a Política Nacional Cultura Viva, que conta com 6.500 Pontos de Cultura cadastrados, sendo que 32,39% desse total desenvolvem ações estruturantes para infância e adolescência.
O MinC também formalizou parceria com o Pontão de Cultura Bola de Meia, uma referência nesse tema no Brasil. A expectativa é que o pontão temático atue na articulação de uma rede colaborativa de pontos de cultura que compartilham o compromisso de fomentar práticas culturais voltadas para crianças e adolescentes.
“Agora é articular, com a liderança do Pontão Cultura Infância, a rede nacional de pontinhos de cultura e seguir juntos na construção de um Plano Nacional Cultura Infância e na presença dessa pauta no Plano Nacional de Cultura e na pactuação federativa para implementação da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB)”, concluiu Márcia Rollemberg.
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Agenda
Além do Encontro, a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural e a diretora da Promoção da Diversidade Cultural, Karina Gama, estiveram no Parlamento de Córdoba. As representantes brasileiras foram recebidas por Nadia Fernández, vice-presidenta, e pelos legisladores Karen Acuña, María del Rosario Acevedo e Mariano Lorenzo.
Ministério de Cultura e Patrimônio do Equador lança convocatória para formar o Conselho Consultivo de Cultura Viva Comunitária
Em 04, out 2024 | Em Notícias, Países membros | Por IberCultura
O Ministério de Cultura e Patrimônio do Equador abriu um processo de seleção para formar o Conselho Consultivo de Cultura Viva Comunitária, de acordo com a Lei Orgânica da Cultura, seu Regulamento Geral e a Lei Orgânica de Participação Cidadã.
Este concurso irá identificar perfis baseados em princípios de mérito e capacidade, e critérios de adequação na gestão cultural. Neste órgão consultivo, os membros do Conselho participam do assessoramento na construção de estratégias para as políticas públicas das indústrias culturais e criativas no Equador e da articulação de mecanismos que fortaleçam a Rede de Cultura Viva Comunitária.
A participação dos membros do Conselho Consultivo não será remunerada. Serão entregues certificados de participação. Uma vez formado o Conselho Consultivo, o trabalho de assessoria terá início com os membros selecionados. Não são esperadas substituições ou novos ingressos. Todas as pessoas participantes devem pertencer a uma associação ou organização que representem como membros ativos.
Os requisitos para ingressar no Conselho Consultivo são:
- Ser pessoa física equatoriana e/ou estrangeira, maior de idade e residente no Equador.
- Não ocupar cargo público, com exceção de trabalhadores da área de educação
- Fazer parte do Cadastro Único de Artistas e Gestores Culturais (RUAC).
- Ter certificado de participação em organização social ou sindicato da área de CVC.
- Ter certificados de experiência setorial, mínimo de dois anos, em nível comunitário.
Os Conselhos Consultivos serão compostos por pelo menos 50% de pessoas que não sejam residentes de Quito. Seu mandato será de 8 meses. Além disso, será promovida a alternância dos seus membros, ou seja, uma vez decorrido o seu mandato, só poderão voltar a fazer parte desta iniciativa após uma nova convocatória.
As inscrições serão recebidas até às 23h59 do dia 10 de outubro, somente por e-mail: consultativos@culturaypatrimonio.gob.ec.
💻 Saiba mais: https://bit.ly/4ewPkD0
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