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Blog - Página 2 de 94 - IberCultura Viva

28

nov
2024

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Por IberCultura

14ª Reunião do Conselho Intergovernamental termina com acordos e o anúncio da adesão da República Dominicana

Em 28, nov 2024 | Em Conselho Intergovernamental, Destaque, Notícias | Por IberCultura

A 14ª Reunião do Conselho Intergovernamental da IberCultura Viva terminou nesta quarta-feira, 27 de novembro, em Brasília, com importantes avanços para fortalecer a cultura comunitária na Ibero-América. Entre os acordos firmados, foram aprovadas estratégias e recursos para ampliar o impacto do programa em 2025, como a ampliação de alianças, a promoção de pesquisas acadêmicas ligadas ao conhecimento popular, o fortalecimento de temas como a cultura infância e a implementação de iniciativas culturais ações alinhadas com os desafios da emergência climática. 

Também foi definida a realização do 5º Encontro de Redes IberCultura Viva no âmbito da TEIA, o encontro nacional de Pontos e Pontões de Cultura, que se realizará em Vitória (Espírito Santo) entre setembro e outubro de 2025. A ideia é que participem deste encontro representantes de redes culturais comunitárias selecionadas nos Editais IberCultura Viva de Apoio a Redes e Projetos de Trabalho Colaborativo.

Um dos destaques desta 14ª Reunião do CI foi o anúncio da adesão formal da República Dominicana ao Conselho Intergovernamental, após um ano de participação como país convidado, somando um total de 13 países membros. Henry Mercedes Vales, diretor geral de Mecenato do Ministério da Cultura da República Dominicana, anunciou a decisão do país de se incorporar ao programa, na abertura deste encontro presencial, na terça-feira (26/11).

O primeiro dia foi dedicado à apresentação de relatórios: o informe financeiro, por Marcos Acle, gerente de Cooperação do Escritório Sub-regional da Secretaria Geral Ibero-Americana (SEGIB) para o Cone Sul; e o de gestão, por Flor Minici, secretária técnica do IberCultura Viva. As pessoas participantes também traçaram um panorama das políticas culturais de base comunitária que se desenvolvem nos seus territórios. Ao longo da tarde foram apresentados os avanços e desafios de iniciativas como os programas Pontos de Cultura (no caso do Chile, Pontos de Cultura Comunitária), os Semilleros Creativos (no México), as Becas Taller (na Costa Rica) e as Usinas Culturales (do Uruguai).

O segundo dia começou com o convite de Giselle Dupin, coordenadora de Promoção da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil (MinC) e representante técnica da presidência do programa, para que as/os representantes dos países membros inscrevam propostas e eventos para comemorar os 20 anos da Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais da UNESCO. Entre outros objetivos, esta convenção procura promover o diálogo entre culturas, a fim de garantir intercâmbios culturais mais amplos e equilibrados em favor do respeito intercultural e de uma cultura de paz, bem como promover a interculturalidade, com o espírito de construir pontes entre os povos.

Em seguida, Sara Díez Ortiz de Uriarte, técnica do Espaço Cultural Ibero-Americano, comentou alguns marcos da Cooperação Ibero-Americana. Destacou, por exemplo, a 29ª Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, realizada em Cuenca (Equador) nos dias 12 e 15 de novembro, com o lema “Inovação, Inclusão e Sustentabilidade”. Esta edição resultou num robusto programa de ação e a Espanha assumiu a secretaria pro tempore da Conferência Ibero-Americana. 

A representante da Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) também falou sobre a Mondiacult 2025, a Conferência Mundial da UNESCO sobre Políticas Culturais e Desenvolvimento Sustentável, que se realizará em Barcelona no final de setembro; o 9º Congresso Ibero-Americano de Cultura, que acontecerá no Chile em abril de 2025, tendo como tema a inteligência artificial, e a 4ª Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, que será em Sevilha (Espanha) nos dias 30 de junho e 1º de julho.

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Rumo ao 6º Congresso Latino-americano de CVC

A apresentação de Norma Cruz Hernández, representante técnica do México no programa, girou em torno do 6º Congresso Latino-Americano de Cultura Viva Comunitária, que será realizado de 11 a 16 de abril no estado de Michoacán. Como ela explicou, esta sexta edição do congresso é organizada pelo Grupo Impulsor México, formado por organizações da Rede de Cultura Viva Comunitária de Jalisco, da Plataforma Puente Nodo Cidade do México e do Nodo Michoacán. E além deste grupo, tem sido relevante a Equipe de Acompanhamento Continental do Movimento Latino-Americano de CVC, que é composta por diversos porta-vozes e representações. 

O Grupo Impulsor e a Equipe de Acompanhamento Continental organizaram-se em quatro comissões e vêm revisando a metodologia do congresso, a questão das finanças e a comunicação do evento, que terá como lema “Cuidar do comum, para defender a vida”. De 11 a 15 de abril as atividades serão em Cherán, em diversos espaços comunitários, e no último dia (16 de abril) ocuparão a cidade de Morelia. A ideia é que possam participar cerca de 300 pessoas em cada uma das sedes.

Segundo Norma Cruz, o Grupo Impulsor quis que o encontro se realizasse em Cherán porque, histórica e politicamente, esta comunidade camponesa representa um exemplo de como se realiza um autogoverno e de luta pela defesa dos seus territórios, por sua autonomia e, sobretudo, por ser um exemplo de organização comunitária. 

Em Cherán, em 15 de abril de 2011, começou um levantamento civil, com homens e mulheres organizando-se para enfrentar o crime organizado e a exploração madeireira ilegal que acontecia em suas florestas, algo que afetava não só a atividade econômica, mas também a tranquilidade e a segurança da população “De toda essa organização civil que acontece em Cherán começam a surgir polícias comunitárias e vigilância de bairro”, disse Norma, destacando também que este foi o primeiro município mexicano que teve pleno reconhecimento para. o exercício da livre determinação.

“Isso é algo que está ganhando força no México, porque está começando a se tornar visível novamente e a tornar visível a importância que têm os povos indígenas, para que possam ter esse direito de decidir sobre suas próprias formas de governo, suas políticas econômicas, sociais e culturais, e que possam organizar-se livremente, de acordo com o respeito por seus usos e costumes, e que possam tomar as suas próprias decisões por meio de assembleias comunitárias”, comentou.

“Para o Grupo Impulsor, esta se torna a essência e a mística do porquê escolher Cherán: é uma comunidade que tem esse autogoverno, essa referência de luta por seus territórios, e que também é uma das mais seguras, onde a violência, a partir da própria organização comunitária, teve um índice bem menor. Este é um exemplo importante, onde se reconhece todo o poder que a organização de homens e mulheres, de uma mesma população, tem para levar a cabo todo um projeto”, acrescentou, lembrando que as pessoas inscritas no 6º Congresso também participarão das comemorações do 14º aniversário do autogoverno de Cherán.

Segundo ela, este é um congresso que não quer ser alheio à comunidade, mas que se constrói dentro da comunidade como um todo. “É importante que seja a própria comunidade quem preste os serviços de alojamento, que possam fazer parte das mesmas atividades e que a partir daí seja um congresso da comunidade”, frisou. A viagem entre Cherán e a Cidade do México dura cerca de 5 horas, por via terrestre. De avião pode-se chegar à cidade de Morelia, onde acontecerá o último dia de atividades.  

“Esperamos que seja um espaço de diálogo, de encontro político, onde todas estas organizações possam expressar as suas dúvidas, as suas inquietações sobre a construção de agendas comuns, e que isso possa servir para aqueles que podem influenciar a tomada de decisões”, afirmou. “A ideia é também dar visibilidade a estas práticas culturais comunitárias, que são elementos essenciais para a coesão social, para o desenvolvimento sustentável, para promover a diversidade cultural, a inclusão social, para que tenham impacto político, para que não sejam apenas questões que são despejadas lá, mas também que tudo o que for construído no Congresso possa ser sistematizado e possa repercutir dentro das instituições.”

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Justiça climática, bem viver e cultura infância

João Pontes, diretor da Política Nacional de Cultura Viva e representante do Brasil no IberCultura Viva, apresentou um relatório sobre a TEIA 2025, as edições anteriores e os temas propostos. Ele comentou que nesta edição a intenção é abordar temas como justiça climática e bem viver, integração de Pontos de Cultura, economia solidária e cultura alimentar, entre outros. A ideia é que este evento seja preparatório para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). 

Diego Benhabib, consultor de redes e formação da Unidade Técnica, comentou a participação da presidenta do IberCultura Viva, a secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil, Márcia Rollemberg, no 1º Encontro Internacional de Cultura Infância, realizado em outubro em Córdoba (Argentina). Nesta ocasião, ela assinou uma carta de compromisso para formar um grupo de trabalho para promover o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para as crianças. 

Tendo em conta a relevância de iniciativas como os Semilleros Creativos, promovidos no México por meio do programa Cultura Comunitária, a presidência propôs a criação de um grupo de trabalho (GT) para dar continuidade e viabilizar este compromisso que foi assinado com a Agência Cultura Córdoba e o programa Ibercena. A secretária técnica do IberCultura Viva, Flor Minici, destacou que serão criados dois GTs de Participação Social: o GT Cultura Infância e o GT Tesouros Vivos, também citados no dia anterior. Em seguida, Minici apresentou a proposta do Plano Operacional Anual (POA 2025). 

No POA 2025 está prevista a sétima edição do concurso de curtas audiovisuais do programa (o último foi lançado em 2021, com o tema “Juventude e cultura comunitária”). O CI aprovou que esta edição seja realizada sob o tema “Tesouros Vivos, Saberes e Tradições”, com ênfase nos povos originários, indígenas e de matriz africana.

Além disso, o plano foi aprovado com a indicação de que o Edital de Mobilidade 2025 apoie a realização do 6º Congresso Latino-Americano de Culturas Vivas Comunitárias, com a opção de as organizações participarem também do Seminário Internacional de Experiências de Gestão em Políticas Culturais de Base Comunitárias na América Latina e Ibero-América, proposta pelo Instituto Latino-Americano para a Promoção da Cultura Viva Comunitária.

Os participantes do CI também aprovaram a criação da Rede Educativa IberCultura Viva, a ser integrada por qualquer instituição de ensino com constituição jurídica formal, de gestão pública, privada ou comunitária, do Espaço Ibero-Americano.

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Leia a ata da 14ª Reunião do Conselho Intergovernamental

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26

nov
2024

Em Conselho Intergovernamental
Destaque
Notícias

Por IberCultura

Começa a 14ª Reunião do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva em Brasília

Em 26, nov 2024 | Em Conselho Intergovernamental, Destaque, Notícias | Por IberCultura

(Fotos: LR Fernandes)

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A 14ª Reunião do Conselho Intergovernamental do IberCultura Viva, que antecede o seminário comemorativo dos 10 anos do programa, começou nesta terça-feira, 26 de novembro, na sede do Banco do Brasil, em Brasília. Estão presentes representantes dos governos de 9 dos 12 países membros, além da República Dominicana, que participou das atividades do IberCultura Viva durante um ano como país convidado, e que esta manhã anunciou sua incorporação ao Conselho Intergovernamental de forma plena. 

Participam deste encontro 25 pessoas, entre elas representantes da Secretaria Geral Ibero-Americana (SEGIB) e da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID). A programação, que continua nesta quarta-feira (27/11), inclui a revisão dos resultados obtidos em 2024; apresentações de experiências nacionais em políticas culturais de base comunitária e debates sobre os desafios e oportunidades para fortalecer o programa nos próximos anos.

A reunião teve início com a projeção de um vídeo comemorativo dos 10 anos do IberCultura Viva, com depoimentos de pessoas de diversos países que participaram desta trajetória. Márcia Rollemberg, secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil e presidenta do IberCultura Viva, abriu o encontro emocionada, lembrando que estava no início do programa (foi a primeira presidenta, em 2014) que hoje se destaca “pelo seu propósito, sua missão, por nos unir culturalmente como região”. 

Ao dar as boas-vindas às pessoas participantes, a presidenta destacou que a ideia desta programação comemorativa, que inclui o lançamento de uma publicação que detalha os resultados desta primeira década de atividades, foi de “tecer memórias, celebrar o programa e ampliar a cooperação na expectativa de mais 10 anos de boas travessias, para que possamos somar mais países, aperfeiçoar os mecanismos de cooperação e avaliar seu impacto”.

Esteban Campero, diretor do Escritório Sub-regional da SEGIB para o Cone Sul, comentou os 10 anos de história e desafios desta “iniciativa muito viva, desta comunidade que se desenvolveu como um modelo positivo, um modelo do que significa cooperação entre países, trabalhar em conjunto”. “Estamos muito orgulhosos de acompanhar este caminho”, afirmou o diretor, destacando ainda “que não há desenvolvimento sustentável se não o fizermos com enfoque na cultura”.

Sara Díez Ortiz de Uriarte, técnica do Espaço Cultural Ibero-Americano (SEGIB), destacou a comemoração dos 10 anos do IberCultura Viva e também dos 20 anos da Cultura Viva no Brasil. Mencionou a importância de continuar fortalecendo os instrumentos de cooperação “que tantas alegrias trouxeram nestes 10 anos, como uma construção política, técnica e de muitos afetos”. “IberCultura Viva é um programa de defesa do bem comum, de aprofundamento democrático. Num panorama mundial de questionamento dos Estados democráticos, dos direitos humanos, é fundamental continuarmos nesta tarefa”, observou.

Marianela Riquelme Aguilar, chefa do Departamento de Cidadania Cultural do Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio do Chile e vice-presidenta do IberCultura Viva, destacou o fato de que o seu país tem percorrido desde o início este caminho longo e muito satisfatório. “IberCultura Viva permitiu-nos ter um apoio programático político regional que dá substância às políticas culturais de base comunitária em muitos países. Foi um espaço de resistência também quando os vaivéns políticos não eram favoráveis, e nos permitiu fortalecer um programa no Chile que hoje conta com cerca de 500 Pontos de Cultura Comunitária em todo o território nacional”, afirmou.

Além de parabenizar os 20 anos da Política Nacional de Cultura Viva no Brasil, a representante do Chile expressou sua alegria em reencontrar as e os companheiros para “podermos juntos traçar uma nova década de desafios e apoios”. Disse também que recentemente o Senado da República do Chile aprovou um orçamento histórico para a cultura. “Poderíamos dizer para o Ministério das Culturas, mas no final das contas é para as comunidades, para os diferentes setores artísticos e culturais do nosso país e, certamente, para toda a sociedade”, acrescentou. 

Norma Cruz, representante técnica do governo do México, mencionou as recentes mudanças de governo em seu país e expressou seu contentamento por estar no “segundo andar de um projeto político”, o que implicaria a continuidade dos projetos de Cultura Comunitária. Também destacou que “embora estejamos comemorando 10 anos, a cultura viva comunitária existe há milênios, as práticas culturais fazem e fazem parte da vida há milênios”. 

Ao falar do poder “impressionante” da cultura, chamou a atenção para o que foi criado em conjunto no IberCultura Viva e referiu-se às plataformas de cooperação como importantes espaços de troca de experiências, de oportunidades, para saber quais projetos ter em conta. “A experiência brasileira tem sido a ponta de lança do movimento de Cultura Viva Comunitária e isso é algo que celebramos e valorizamos porque tem sido um impulso para o programa Cultura Comunitária no México”, afirmou. 

João Pontes, diretor da Política Nacional de Cultura Viva no Brasil, recordou emocionado que vem participando desse processo desde o seu início, primeiro acompanhando como representante de um Ponto de Cultura, depois como representante de  governo local (estado do Rio Grande do Sul) e hoje como representante do país no programa. “O fato de o Brasil ter retomado a política de Cultura Viva é motivo de muito orgulho para nós. É uma emoção estar de volta”, disse ele.

Segundo ele, por tudo que o Brasil passou em um período recente, de retrocesso em relação às políticas culturais, o IberCultura Viva pode ser visto como “uma importante esfera de resistência e articulação, não só de políticas públicas, mas de organizações de base comunitária, “que são as principais forças que garantem a promoção da democracia, da liberdade e da diversidade”. “Mesmo nas situações mais adversas, o programa desempenha um papel importante no apoio e na articulação de redes”, observou.

Pontes destacou ainda que os 20 anos da Cultura Viva no Brasil estão sendo completados no melhor momento desta política, uma vez que as estratégias de fomento têm permitido uma capacidade de investimento nunca vista antes no país. “Especialmente por conta da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), que foi aprovada no Congresso Nacional e tem duração de cinco anos, esperamos fomentar pelo menos 12 mil Pontos de Cultura, com cerca de 78 milhões de dólares. Este é um momento importante e estratégico. Que não tenhamos apenas experiências pontuais, mas que possamos afirmar políticas culturais de base comunitária com uma escala de impacto nas políticas como um todo, nas políticas de saúde, nas políticas de educação”, afirmou.

Esta primeira manhã de trabalho foi também dedicada à apresentação de relatórios. Marcos Acle, gerente de Cooperação do Escritório Sub-regional da SEGIB para o Cone Sul, apresentou o relatório financeiro 2023-2024; Flor Minici, secretária técnica do IberCultura Viva, a gestão correspondente ao ano de 2024, com destaque para as atividades e produtos que foram realizados para comemorar os 10 anos do IberCultura Viva.

A programação da tarde buscou traçar um panorama desses 10 anos de políticas de base comunitária. Neste momento da reunião, destinado ao intercâmbio de informação e experiências, todos os representantes dos países membros falaram sobre o estado atual das políticas que se desenvolvem em seus territórios, os avanços e desafios de iniciativas como os programas Pontos de Cultura (no caso de Chile, Puntos de Cultura Comunitaria), os Semilleros Creativos (no México), fundos como Becas Taller (de Costa Rica) e as Usinas Culturales (no Uruguai).

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26

nov
2024

Em Destaque

Por IberCultura

Manifesto: IberCultura Viva + 10 anos

Em 26, nov 2024 | Em Destaque | Por IberCultura

[Tecer Memórias, Celebrar a Diversidade, ampliar redes e construir o futuro]

O IberCultura Viva completou uma década em 2024! Mais do que celebrar o êxito do programa de cooperação entre países, os 10 anos do IberCultura Viva são um convite para cada nação integrante puxar o fio e tecer a memória de suas experiências com a Cultura Viva e refletir sobre esse movimento de entrelaçar as políticas culturais de base comunitária na Ibero-América. Mas, o fio desta história é ancestral; começa com os modos de vida, tradições, saberes e fazeres dos povos originários e de matriz africana. Como o próprio nome desta política sugere: a cultura é viva, pulsante e está em constante transformação nas comunidades, seja nos centros urbanos, nas áreas rurais, em todos os biomas, nas periferias. Portanto, celebrá-la é um exercício de reflexão dos países sobre suas identidades e diversidade cultural. 

É também um chamado para a reafirmação da autonomia e do protagonismo dos grupos culturais, que tanto contribuem para o bem-viver, a transformação social e a conexão entre as pessoas nos locais onde atuam. Essas iniciativas culturais são a representação das raízes culturais mais profundas da sociedade, mas também da inovação, da força da criatividade, com suas múltiplas manifestações e linguagens. 

Isso é a Cultura Viva Comunitária, hoje presente com políticas ativas em 13 países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Espanha, México, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai. Embora esses territórios sejam tão diversos e até mesmo separados pela geografia, eles se unem em suas histórias e perspectivas e pelo entendimento comum sobre a importância das culturas existentes nas comunidades. Essa conexão ultrapassa o campo das ideias e se materializa em encontros presenciais, diálogos, ações conjuntas e o intercâmbio cultural entre os agentes e as redes de organizações comunitárias, de Pontos de Cultura. 

Quando se fala em IberCultura Viva, é preciso pensar além das representações governamentais dos Estados membros. Assim como na natureza, onde cada árvore, rio e ser vivo desempenha um papel essencial no equilíbrio do ecossistema, todos os grupos culturais fortalecidos, fazedores e fazedoras de cultura, pessoas impactadas por essas ações e suas experiências compõem essa grande teia Cultura Viva que se formou na região ibero-americana.      

O momento de resgatar a história tecida com a Cultura Viva inevitavelmente nos leva a pensar no futuro, assim como uma flecha, que quanto mais a puxamos para trás, mais a projetamos para a frente. Dessa analogia indígena, surge a pergunta: qual o mundo que almejamos alcançar? 

Embora a cultura não seja um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, ela dá significado a todos eles, pois a cultura é a forma de compreender o mundo e a própria existência, de respeitar as diferenças e ampliar o olhar sobre a humanidade. Além disso, a Cultura Viva tem em seu DNA o compromisso de preservar e promover o acesso aos saberes e práticas advindas especialmente dos povos indígenas e de matriz africana, que se veem como parte da natureza, possuem cosmovisão diferenciada e há séculos dominam essa relação mais harmônica na qual os seres humanos são parte da natureza. 

Vamos seguir lado a lado, trabalhando irmanados, construindo o Ibercultura Viva que traz resultados muito positivos nessa trajetória. Agora miramos no horizonte e lançamos com força a flecha adiante, para conquistar mais uma década de travessia, com cooperação, política cultural de base comunitária e participação social. 

Vamos seguir tecendo esse futuro, linha a linha, ponto a ponto, numa grande teia para enfrentar os desafios da emergência climática, para habitarmos um mundo cada vez mais sustentável, igualitário, sem preconceitos e guiado por valores democráticos e de justiça social.

Viva a Cultura Viva!
Viva as comunidades!
Viva os pontos de Cultura!
Viva os países do IberCultura!
Viva a Cooperação Ibero-Americana!

Baixe aqui o documento em pdf

IberCultura Viva celebra 10 anos com seminário

Em 24, nov 2024 | Em Cooperação Ibero-americana, Destaque, Notícias, Seminários | Por IberCultura

O seminário comemorativo do Programa IberCultura Viva, que ocorrerá de 27 a 28 de novembro em Brasília, marcará uma década de transformação cultural, integração e colaboração entre os países ibero-americanos. Com o objetivo de refletir sobre os resultados alcançados e os desafios, o evento reunirá gestores culturais, representantes da sociedade civil, artistas e pensadores para dialogar sobre o futuro da cooperação. A cerimônia de abertura, na quarta-feira (27/11), às 19h, contará com a participação da ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes.

Durante três dias de atividades, o seminário destacará os avanços e impactos do programa, que, ao longo de 10 anos, tem promovido o fortalecimento das políticas culturais de base comunitária, valorizando as manifestações culturais locais e ampliando redes de cooperação entre os países. O programa é presidido atualmente pela secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Márcia Rollemberg. Para ela, além de reconhecer e fomentar o protagonismo dos grupos culturais, o IberCultura Viva tem sido um motor para políticas públicas que promovem direitos culturais e estimulam a participação social.

Márcia acredita que o movimento de cultura viva oferece soluções essenciais para desafios contemporâneos. “No âmbito da Cooperação Ibero-americana, lidamos com uma grande diversidade de modos de vida e visões de mundo. Aprendemos imensamente com essas comunidades, que são guardiãs de saberes ancestrais e têm valores gregários, comunitários e solidários muito fortes. Esses ensinamentos nos fornecem ferramentas para enfrentar questões globais como a emergência climática. De fato, esse será um dos principais focos do IberCultura Viva para os próximos anos.”

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Manifesto do IberCultura Viva

O manifesto do IberCultura Viva, que será compartilhado durante o seminário, reafirma os princípios de diversidade, inclusão e colaboração, destacando a importância de tecer redes de solidariedade capazes de expandir os horizontes culturais da Ibero-América. “O IberCultura Viva é, acima de tudo, um convite à união das culturas e à construção de um futuro coletivo, onde a participação ativa de todas as comunidades e indivíduos é essencial para a criação de um mundo mais justo e plural”, destaca o texto.

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Gestão brasileira
De 2024 a 2027, o Brasil lidera mais uma vez a presidência do Programa IberCultura Viva, que já havia coordenado de 2014 a 2017, conduzindo ações que marcam uma década de conquistas e cooperação entre os países membros e apontam para o futuro. Como parte das celebrações, será realizada em Brasília a 14ª reunião ordinária do Conselho Intergovernamental, que antecederá o Seminário comemorativo.

O encontro reunirá delegados dos 12 países participantes e da República Dominicana, que atua como país convidado e deverá oficializar sua adesão à iniciativa. A programação inclui a revisão dos resultados obtidos em 2024, apresentações de experiências nacionais em políticas culturais de base comunitária e debates sobre os desafios e oportunidades para o fortalecimento do programa nos próximos anos.

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Para participar presencialmente, faça sua inscrição no link:
https://bit.ly/10anosIberCulturaViva

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Confira a programação

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Acompanhe AO VIVO:
https://www.youtube.com/iberculturaviva

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Para saber mais, acompanhe as redes:

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17

nov
2024

Em Governos Locais
Notícias

Por IberCultura

Representantes de organizações e governos locais apresentam o Manual de Boas Práticas Territoriais 

Em 17, nov 2024 | Em Governos Locais, Notícias | Por IberCultura

Nesta sexta-feira, 15 de novembro, será apresentado o Manual de Boas Práticas Territoriais, uma iniciativa do Município de Alajuelita (Costa Rica) que foi construída coletivamente por representantes de governos locais e organizações culturais comunitárias da Costa Rica, Equador, México, Argentina e Chile.

Este é um dos projetos que se realizaram em 2024 com o apoio da Rede IberCultura Viva de Cidades e Governos Locais. A proposta buscou desenvolver de forma colaborativa um manual baseado em experiências e conhecimentos gerados por meio de ações interculturais e visões de mundo pactuadas pelos governos locais que fazem parte da rede.

Para isso, nos meses de setembro e outubro foram realizadas discussões e mesas de trabalho, com o intuito de documentar práticas que pudessem ser replicadas e adaptadas a diferentes realidades territoriais. Algumas das pessoas que acompanharam estas atividades participarão da apresentação que será feita amanhã na Câmara Municipal de Alajuelita.

📌 Acompanhe a transmissão pelo Facebook da Municipalidade de Alajuelita a partir das 19h (Costa Rica/México; 20h no Equador/Colômbia; 22h na Argentina/Brasil/Chile).

https://www.facebook.com/municipalidadalajuelita/videos/8630301170398136

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13

nov
2024

Em Destaque
Editais
Notícias

Por IberCultura

IberCultura Viva, Iber-Rutas e Ibercocinas anunciam as receitas ganhadoras de Sabores Migrantes Comunitários

Em 13, nov 2024 | Em Destaque, Editais, Notícias | Por IberCultura

Os programas IberCultura Viva, Iber-Rutas e Ibercocinas divulgaram nesta quarta-feira, 13 de novembro, a lista com as 13 receitas e práticas culinárias ganhadoras do concurso Sabores Migrantes Comunitários 2024. As propostas selecionadas receberão um reconhecimento como ‘Boa prática de cozinha migrante comunitária ibero-americana’ e um apoio de 600 dólares cada. 

Esta convocatória é uma iniciativa conjunta de Ibercocinas, Iber-Rutas e IberCultura Viva, três programas de cooperação vinculados à Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB), que com esta proposta buscam promover a reflexão e expressão da migração e sua relação com os alimentos, a cozinha tradicional e a comunidade. Ao dar visibilidade aos modos de ver, fazer, sentir e pensar das comunidades migrantes, também se espera contribuir para a diminuição dos níveis de preconceito e discriminação.

As inscrições para esta sexta edição do concurso estiveram abertas na plataforma Mapa IberCultura Viva entre os dias 13 de setembro e 18 de outubro. Para participar era necessário ser maior de 18 anos, ter origem ibero-americana e viver em algum país diferente do país de origem, ou ser descendente de pessoas migrantes até segundo grau de parentesco (pai/mãe, avô/avó). As pessoas interessadas tinham que enviar uma receita de sua comunidade de procedência, a história por trás dela, e a forma como essa prática culinária se insere na comunidade de acolhida. Este ano, as receitas deveriam ser enviadas em um vídeo de até 2 minutos de duração.

Vinte e três pessoas enviaram suas inscrições e passaram para a etapa de avaliação do concurso. A seleção seguiu os critérios estabelecidos no regulamento, como a representatividade da preparação para a comunidade de origem e a experiência de inserção na comunidade receptora. As apresentações realizadas por mulheres, jovens de 18 a 35 anos, assim como pessoas indígenas, afrodescendentes e/ou campesinas, foram consideradas com maior pontuação. Assim como aquelas realizadas por pessoas de comunidades que se encontram em movimento, ou que estão transitando pelo processo de migração em um refúgio.

As pessoas que tiveram suas postulações selecionadas nasceram nos seguintes países: Bolívia (1), Colômbia (4), Equador (1), El Salvador (1), México (1), Peru (1) e Venezuela (4). Os países de residência que constam na lista de postulantes selecionados são: Argentina (1), Brasil (5), Colômbia (2), Costa Rica (2), Espanha (2) e Peru (1). 

As pessoas responsáveis pelas propostas selecionadas serão contatadas pela Unidade Técnica de IberCocinas, IberCultura Viva ou Iber-Rutas para dar seguimento à tramitação para a concessão dos reconhecimentos e do pagamento do apoio financeiro. Todas as pessoas que tiveram suas práticas culinárias selecionadas deverão prepará-las em sua comunidade e enviar um depoimento aos programas organizadores, dentro dos 30 dias posteriores ao recebimento do prêmio.

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Confira a lista de propostas selecionadas

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Leia também:

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31

out
2024

Em Formação
Governos Locais
Notícias
Países membros

Por IberCultura

Programa Pontos de Cultura do Chile anuncia três novas sessões de capacitação destinadas a organizações comunitárias e agentes culturais

Em 31, out 2024 | Em Formação, Governos Locais, Notícias, Países membros | Por IberCultura

Com o objetivo de proporcionar conhecimento sobre direitos humanos e fortalecer o vínculo social de organizações e agentes culturais locais, o Ministério das Culturas, das Artes e do Patrimônio e a Rede de Cidades e Governos Locais do Chile abriram inscrições para três novas sessões de capacitação, em formato virtual, no âmbito do Ciclo de Diálogos e Oficinas para os Pontos de Cultura Comunitária.

Na quinta-feira, 7 de novembro, das 17h às 18h30, será ministrada a palestra “Enfoque de Direitos Humanos na Cultura Comunitária”, por Francia Jamett, da Unidade de Cultura, Memória e Direitos Humanos da Subsecretaria das Culturas e das Artes. Esta formação procura fornecer conhecimentos e ferramentas para incorporar a abordagem e os princípios das políticas públicas de direitos humanos na ação cultural comunitária e em iniciativas que promovam estes valores. (As inscrições podem ser feitas neste link)

A seguir, a Rede de Cidades e Governos Locais preparou duas sessões de capacitação que pretendem contribuir para o fortalecimento da gestão e vinculação social das organizações comunitárias culturais locais:

  • Quinta-feira, 14 de novembro, das 17h às 18h30: “Metodologias participativas para o trabalho territorial comunitário no campo cultural”, do psicólogo Marcelo Rodríguez, especialista em psicologia socioambiental-comunitária. (Inscrições neste link)
  • Quinta-feira, 21 de novembro, das 17h00 às 18h30: “Estratégias territoriais de comunicação e difusão do trabalho cultural comunitário”, da jornalista Alejandra Villarroel, especializada em Cultura e Direitos Humanos. (Inscrições neste link )

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Anti-racismo e igualdade de gênero

O ciclo é composto por quatro módulos com temas que abordam inclusão, igualdade de gênero, respeito pelos direitos humanos e a cultura viva comunitária.

O primeiro módulo, “Anti-racismo na gestão comunitária”, foi realizado no dia 26 de setembro com uma discussão virtual facilitada por Julieth Micolta, ativista afro-colombiana e educadora popular. A atividade foi organizada com o apoio do programa Interculturalidade e Inclusão de Migrantes, do Departamento de Cidadania Cultural. Este espaço procurou sensibilizar e formar as pessoas participantes sobre a importância de incorporar uma perspetiva antirracista na gestão cultural, promovendo um ambiente inclusivo e equitativo.

“Viver a cultura comunitária e os desafios para a igualdade de género” foi o segundo módulo, desenvolvido entre 3 e 24 de outubro, quando foram exploradas questões pendentes que hoje se enfrentam na luta pela igualdade de gênero, alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. A iniciativa foi realizada em conjunto com a Seção de Participação, Gênero e Inclusão do MinCAP e ONU Mulheres Chile. Por meio de oito oficinas virtuais, foram compartilhadas ferramentas práticas para criar ambientes de trabalho livres de violência de gênero e integrar a perspectiva de gênero e diversidade em projetos culturais.

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(Texto e foto: Ministério das Culturas, Artes e Patrimônio)

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30

out
2024

Em Notícias
Universidades

Por IberCultura

Conversas latino-americanas: O que as universidades podem fazer pela cultura comunitária?

Em 30, out 2024 | Em Notícias, Universidades | Por IberCultura

 

A Universidade Nacional de La Pampa (Argentina), em conjunto com a rede do Encontro de Universidades para a Cultura Comunitária (EUCC), organiza uma série virtual chamada “Conversas Latino-Americanas: O que podem fazer as universidades pela cultura comunitária?”.

A iniciativa, que conta com o apoio do programa IberCultura Viva, surge na área de trabalho compartilhado entre as universidades nacionais da Argentina que fazem parte da rede EUCC. A intenção é possibilitar um espaço de troca, comunicação, construção de visões compartilhadas dos países da região e o desafio de abordar a questão que une essa rede nos espaços de ensino, pesquisa e extensão.

Nesta primeira edição do ciclo serão realizados três encontros virtuais de acesso gratuito e público com participantes da Argentina, Equador, Peru e México. Entre essas pessoas estão membros do Grupo de Trabalho sobre Sistematização e Divulgação de Práticas e Metodologias de Políticas Culturais de Base Comunitária (GT de Sistematização) do IberCultura Viva.

O primeiro encontro está marcado para sexta-feira, 8 de novembro, às 16h na Argentina e no Brasil (14h do Equador e Peru, 13h do México), com a participação de Lucía Colombato, secretária de Cultura e Extensão Universitária da UNLPam (Argentina), e Paola de la Vega Velastegui (Pontifícia Universidade Católica do Equador, PUCE), e moderação de Aldana Ostolaza (Universidade Nacional do Noroeste do Província de Buenos Aires, Argentina).

Na sexta-feira, dia 22, às 16h na Argentina e no Brasil (14h no Equador e Peru, 13h no México), com moderação de Isabel Ampuero (Universidade Nacional da Patagônia Meridional – U.A. Río Gallegos, Argentina), a conversa será com Diego Pigini (Universidade Nacional de Córdoba, Argentina), Rocío Orozco Sánchez (ITESO, México) e Guillermo Valdizán Guerrero (Más Cultura Más Perú) discutirá, Peru).

No terceiro encontro, moderado pelo coordenador da Reitoria Geral do Pico (Universidade Nacional de La Pampa, Argentina), Lisandro Hormaeche, participam Estefanía Schneider (Universidade Nacional do Litoral, Argentina), Elena Román (Universidade Autônoma do Cidade do México) e Daniel Zas (Escola Popular de Música, Argentina). Esta conversa será na sexta-feira, 29 de novembro, a partir das 16h da Argentina e do Brasil.  

 

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Consultas: coordinadorgp@unlpam.edu.ar

Formulário de inscrição: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd_uddrtM606K246zo0zImeNgI7i6NrufKCMureIZo2K8pCmA/viewform

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29

out
2024

Em Cooperação Ibero-americana
Notícias

Por IberCultura

Rede Ibero-americana de Diretores e Diretoras de Biodiversidade contribuirá para preservar a riqueza natural da Ibero-América

Em 29, out 2024 | Em Cooperação Ibero-americana, Notícias | Por IberCultura

(Texto e foto: SEGIB)

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No âmbito da 16ª reunião da Conferência das Partes (COP16) do Convênio sobre a Diversidade Biológica (CDB) que está sendo realizada nestes dias em Cali, Colômbia, a Rede Ibero-americana de Diretores e Diretoras de Biodiversidade foi reativada. Este espaço tem como objetivo promover, por meio da cooperação e do intercâmbio de experiências e informações, uma ação conjunta para deter a perda de biodiversidade, um dos grandes desafios que o planeta enfrenta.

Na reunião de reativação foram apresentados o marco, a finalidade, os objetivos e o plano de trabalho inicial da rede, que incorpora ações de formação e capacitação, intercâmbio de experiências e diálogos técnicos, bem como atividades para promover a cooperação internacional em matéria de biodiversidade.

Esta rede se une a outras redes de coordenação e cooperação em matéria de políticas públicas na área do cuidado do meio-ambiente e da luta contra as mudanças climáticas que estão funcionando na comunidade de países ibero-americanos: a Conferência de Direções e Autoridades Ibero-Americanas da Água (CODIA), a Rede Ibero-americana de Escritórios de Mudanças Climáticas (RIOCC) e a Conferência dos Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais Ibero-americanos (CIMHET). Segue, também, o mandato da Cúpula Ibero-americana e foi impulsionada pelos governos da Colômbia e da Espanha e pela Secretaria Geral Ibero-americana (SEGIB) e conta com o apoio da União Europeia por meio do Programa Euroclima.

“A Ibero-América é uma referência mundial em biodiversidade e, com esta aliança, queremos marcar objetivos-chave como fez a Rede de Serviços Meteorológicos, que conseguiu estabelecer uma rede de detecção de raios na América Central ou a Rede de Água, que avança na geração de um marco em comum para a qualidade das águas, e tudo isso por meio de uma cooperação horizontal e solidária”, afirmou Jorge Andrés Osorio, responsável pelo setor do Meio Ambiente da SEGIB.

O desafio atual da Rede é a implementação do Marco Mundial de Biodiversidade de Kunming-Montreal e a identificação e a promoção de sinergias entre as agendas de diversidade biológica, de mudanças climáticas e desertificação, para assim contribuir para a materialização da Convênio sobre a Diversidade Biológica e outros Convênios e Acordos Multilaterais relacionados à biodiversidade e as demais Convenções do Rio”, disse Adriana Rivera, diretora de Florestas, Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos do Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia.

“Em um momento crucial para garantir a saúde do planeta, em que a soma de esforços, o diálogo e o intercâmbio são essenciais para garantir a conservação da biodiversidade, a Espanha se orgulha da reativação e de fazer parte da Rede Ibero-americana de Diretores e Diretoras de Biodiversidade juntamente com os demais países da região. Este impulso constitui um novo exemplo do compromisso da Espanha com a proteção da biodiversidade e com a melhoria da cooperação ibero-americana”, afirmou, no evento, a diretora geral de Biodiversidade, Florestas e Desertificação do MITECO, María Jesús Rodríguez de Sancho.

“O intercâmbio de experiências, o diálogo sobre desafios, acertos e erros e a cooperação internacional são fundamentais para desenhar e implementar políticas públicas melhores e mais eficazes. Especialmente no caso de problemas como a perda de biodiversidade que têm uma dimensão e uma complexidade planetária. Esse será o principal objetivo da rede”, assegurou Almudena Barrio, coordenadora do Programa Euroclima da Fundação Internacional e para a Ibero-América de Administração e Políticas Públicas (FIIAPP).

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28

out
2024

Em Cooperação Ibero-americana
Notícias

Por IberCultura

Começa a 8ª Semana da Cooperação Ibero-Americana

Em 28, out 2024 | Em Cooperação Ibero-americana, Notícias | Por IberCultura

Entre os dias 28 de outubro e 3 de novembro, os 22 países ibero-americanos celebram o trabalho que realizam conjuntamente por uma região mais justa e sustentável. Com a campanha “Cooperação, a força que impulsiona a Ibero-América”, lançada pela Secretaria Geral Ibero-Americana (SEGIB) por ocasião da 8ª Semana da Cooperação Ibero-Americana, busca-se dar visibilidade ao trabalho dos seus 30 programas, iniciativas e projetos adstritos, surgidos das Cúpulas Ibero-americanas de Chefes de Estado e de Governo, sob uma perspectiva inovadora, solidária e sustentável.

A campanha, que aborda cinco áreas temáticas da cooperação ibero-americana (Cultura, Gênero, Conhecimento e Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Inclusão), coloca a cooperação como a força que transforma a região, nascida da soma das singularidades dos 22 países que a compõem e de seus valores comuns, contribuindo de maneira valiosa para o cumprimento dos ODS e da Agenda 2030. Onde quer que esteja presente, o impulso da cooperação deixa uma reconhecida trilha de oportunidades, solidariedade, igualdade e entendimento, provocando uma transformação na vida dos 670 milhões de cidadãs e cidadãos que habitam a região.

Durante esses sete dias, será divulgada uma série de materiais que mostram o trabalho diário em torno dos eixos estratégicos da cooperação. Todos os países da região, os Programas, Iniciativas e Projetos Adscritos da Cooperação Ibero-Americana (PIPA), as Redes Ibero-Americanas e a SEGIB se unem para apresentar o trabalho que realizamos em conjunto.

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Aqui está a agenda de eventos, jornadas, concertos e encontros programados para esses dias: https://cutt.ly/HeFmMZYh

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(Fonte: SEGIB)

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