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Arquivos mobilidade - Página 2 de 2 - IberCultura Viva

01

fev
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Impressões de viagem (VIII): Três uruguaios contam suas vivências no Congresso de Quito

Em 01, fev 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

 

O 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, realizado em Quito (Equador) de 20 a 25 de novembro de 2017, reuniu cerca de 450 participantes provenientes de redes, coletivos e organizações culturais de 18 países da América Latina. Cinquenta deles foram selecionados no Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017. Receberam passagens aéreas para acompanhar as atividades do congresso e voltaram repletos de histórias para contar sobre os seis dias de encontros, espetáculos, palestras, debates, exposições, círculos da palavra e percursos culturais que tiveram a oportunidade de ver/ouvir/viver lá.

A seguir, algumas das impressões compartilhadas nos informes de viagem por três representantes de entidades/coletivos uruguaios ganhadores deste edital: Agustina López, Esteban Barja e Virginia Degrandi.

Virginia Degrandi e o patrimônio imaterial

“O 3º Congresso de Cultura Viva Comunitária foi uma experiência sumamente enriquecedora de intercâmbio e fortalecimento”, resume a uruguaia Virginia Degrandi. “Foi uma oportunidade de nos conhecermos, gerar e fortalecer redes. De nos dar conta de que somos muitos fazendo muito e muito variado, como também uma demonstração do crescimento das manifestações de cultura viva comunitária na América Latina.”

Virginia vive em La Paloma, uma cidade balneário do departamento de Rocha, a 240 km de Montevidéu. Como representante de El Faro Colectivo Cultural no Congresso de Quito, se encarregou de contar quem são, onde e como trabalham e de trocar experiências para depois transmitir e compartir com os companheiros do coletivo.

“Em nosso caso particular e dado que somos do interior do Uruguai, de um povo de 5 mil habitantes, esta experiência nos enriqueceu em todos os aspectos. Não perdi nenhuma oportunidade de conversar e intercambiar com companheiros de vários lugares, inclusive Espanha”, cuenta. “Voltei muito satisfeita com nossa participação e com muita informação para nossa trabalho de valorização da pesca artesanal.”

Uma da principais atividades de que participó foi o círculo da palavra “Memória, identidade e patrimônio”, onde apresentou o trabalho de seu coletivo em uma palestra. “Levei a proposta que viemos trabalhando sobre a valorização da pesca artesanal como parte de nosso patrimônio imaterial, e deixe algumas perguntas para que todos buscássemos respostas a essas questões”, comenta. .

 

O intercâmbio e a articulação, segundo ela, “foram permanentes e inumeráveis”. Com a Casa Colorida (Galícia, Espanha), por exemplo, estão trabalhando na elaboração de um projeto transatlântico que diz respeito às mulheres trabalhadoras da pesca. E com Caminos de la Lana (Espanha) veio uma ideia de intercâmbio com Tejido a Mano (rede de mulheres tecelãs do Uruguai).

Além disso, Virginia fez contatos com integrantes do Nodo Cultural (Córdoba, Argentina) e com equatorianos pertencentes a comunidades pesqueiras, e esteve em articulações constantes com os companheiros uruguaios.

“Estas instâncias, onde nos encontramos e podemos trocar experiências, aportam uma série de certezas sobre nosso rumo. O trabalho cultural comunitário é a resposta às necessidades das comunidades de nossos territórios e isso nos dá motivação, alívio e esperança”, afirma.

“Conhecer as dinâmicas das diferentes agrupações e coletivos ao longo da América Latina nos dá novos parâmetros de trabalho, a possibilidade de compartilhar nos leva a ampliar nossas redes. Assim podemos gerar uma verdadeira democratização da cultura e seguir levando-a como bandeira para a inclusão social.”

 

 

Agustina López e as casas culturais

Agustina López é integrante de Entropía Galpón de Circo, em Montevidéu. Segundo ela, a viagem a Quito, como primeira experiência em um Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, foi muito positiva, tanto em nível pessoal como para o coletivo que ela representa.

“É um lugar de encontro e de intercâmbio riquíssimo entre diversas culturas latino-americanas. É uma forma de criar vínculos mais fortes entre os países e poder gerar redes de sustentação que reconheçam e potenciem as identidades culturais de cada país, contribuindo também para a integração na diversidade”, afirma.

Para Agustina, é importante conhecer outras realidades, distantes das próprias, e as capacidades de resiliência, criatividade e desenvolvimento de outros povos e culturas. “Conhecer um sem-fim de exemplos, formas de ser, pensar, sentir e agir que configuram o amplo leque de identidades culturais que se encontram na América Latina e a possibilidade de encontrar pontos em comum com aqueles que imaginávamos tão distantes.”

Nos dias em que esteve no Equador, ela participou do círculo da palavra “Arte e transformação social”, de oficinas de dança acrobática, dança folclórica e canto, e (como ouvinte) das jornadas de abertura e da plenária de encerramento.

Além disso, fez contatos com diversas casas culturais e agrupações de outros países que administram casas e centros culturais. “Em particular, houve um interessante intercâmbio com distintas organizações de casas comunitárias sobre objetivos, formas de autogestão, formas organizacionais e de geração de recursos”, conta.

Seu diário de viagem destaca especialmente o Circuito Rucu Ruta – Rede de Casas Culturais, organizado por Comuna Kitu no dia  22 de novembro. Este circuito, que apresentou projetos de autogestão onde se cultivam fortes valores comunitários através da convivência e das artes e/ou dos esportes, teve três paradas: Casa Uvilla, Nervio Popular e Casa Útero (Veja aqui o informe de viagem de Agustina).

Esteban Barja e a importância de seguir lutando

Integrante do Movimento Cultural Takates, Esteban Barja voltou a Las Piedras (Canelones) irmanado com a gente do encontro, sentindo-se identificado com problemáticas de vários países. “Foi muito enriquecedor, vim com montão de perguntas”, ele conta, ressaltando a “interessante mescla” que se formou em Quito e a conexão com a espiritualidade que os representantes indígenas compartilharam com os participantes (coisas que ele não costuma ver no Uruguai).

Durante o congresso, Esteban participou de dois círculos da palavra (“Fortalecimento organizativo CVC” e “Comunicação popular, narrativa coletiva e meios”), esteve no percurso dos centros culturais e também nos atos de abertura e encerramento do encontro. As atividades realizadas junto aos companheiros uruguaios ajudaram a aproximar a delegação, que voltou fortalecida e com reuniões e projetos programados para 2018.

“Creio fundamentalmente que o encontro nos deixa a mensagem de seguir lutando para poder fortalecer e desenvolver as propostas culturais que viemos realizando e propondo em nosso país. Sinto que a experiência que se vive em cada um destes encontros nos nutrem de maneira positiva, para aprender a seguir lutando por um mundo melhor e mais justo, através do desenvolvimento cultural”, comentou. “Muito longe de onde estamos e com estratégias distintas, há muito que nos atravessa, e encontramos pontos em comum na luta.”

 

 

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01

fev
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Impressões de viagem (VII): Dois representantes de Pontos de Cultura peruanos contam suas vivências no Congreso de Quito

Em 01, fev 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

O 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, realizado em Quito (Equador) de 20 a 25 de novembro de 2017, reuniu cerca de 450 participantes provenientes de redes, coletivos e organizações culturais de 18 países da América Latina. Cinquenta deles foram selecionados no Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017. Receberam passagens aéreas para acompanhar as atividades do congresso e voltaram repletos de histórias para contar sobre os seis dias de encontros, espetáculos, palestras, debates, exposições, círculos da palavra e percursos culturais que tiveram a oportunidade de ver/ouvir/viver lá.

A seguir, compartilhamos algumas das impressões relatadas em informes de viagem por dois representantes de Pontos de Cultura peruanos ganhadores deste edital: Cipriano Huamancayo e Javier Maraví.

 

Cipriano Huamancayo e os pactos de cultura

Cipriano Huamancayo Aguilar é diretor do Grupo Cultural Pukllay, um Ponto de Cultura de Lima que começou suas atividades em 1999, quando um grupo de jovens decidiu expressar a partir do teatro seu olhar da sociedade. Com o objetivo de criar pontes e se reencontrar com a sua cultura, a sua identidade, esta agrupação passou a dedicar-se não somente à criação de obras de teatro mas também à realização de fóruns, oficinas, festivais, etc.

Ao ganhar o Edital de Mobilidade 2017, Cipriano foi também convidado a participar do 2º Encontro de Redes IberCultura Viva, realizado durante o 3º Congresso Latino-americano de CVC. Além de representantes de governos locais e dos países membros do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva, esta mesa de trabalho contou com a presença de representantes de quatro organizações culturais comunitárias que tiveram incidência no desenvolvimento de políticas públicas em nível local.

Na ocasião, Cipriano apresentou a experiência peruana, contando um pouco dos 18 anos de trajetória do Grupo Pukllay e os pactos de cultura realizados em sua localidade, tendo como base três eixos de trabalho: a promoção dos direitos culturais e da diversidade cultural; o fortalecimento da cidadania através de atividades culturais, e o fomento de uma cultura de paz, reconhecimento e defesa dos direitos humanos.

Cipriano em sua apresentação no 2º Encontro de Redes

“A experiência neste 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária foi enriquecedora pelas múltiplas experiências de trabalho comunitário a partir da cultura viva que têm se conglomerado e compartilhado.Também tem contribuído e me motivado a seguir neste trabalho como gestor cultural em minha localidade”, afirmou, em seu informe de viagem.

Além da mesa do 2º Encontro de Redes, Cipriano participou de atividades como as plenárias e assembleias do Conselho Latino-americano de CVC, do círculo da palavra “Legislação e políticas comunitárias”, do encontro de teatro comunitário (onde conheceu a experiência de trabalho das companheiras da Argentina), do “Percurso histórico teatral”, do circuito organizado pelo Espacio 412 em San Antonio-Mitad del Mundo, e das atividades culturais ao ar livre organizadas pelo 3º Congresso.

“A experiência me deu a oportunidade de conhecer uma variedade de experiências de trabalho comunitário tanto em nível social como também político, e isso era o que necessitávamos como organização aqui em minha localidade”, comentou. “Assim poderemos fortalecer nossa organização com nossa localidade e olhar como latino-americanos a contribuição que cada de um de nós dá a partir da Cultura Viva, trocando experiências com amigos de outros países de forma virtual e mais constante.”

Segundo Cipriano, a semana vivida no Equador acabou fortalecendo também a articulação da caravana peruana. “Durante o congresso realizamos várias assembleias para nos integramos melhor e agora estamos em reuniões, mais motivados a formar a Plataforma Nacional de CVC, assim como também a organizar um Congresso Latino-americano de CVC no Peru.”

Cipriano Huamancayo, Manuel Cabanillas e Javier Maraví em Quito: três dos quatro peruanos ganhadores do edital

 

 

Javier Maraví e os sonhos reais

Javier Maraví é diretor do Centro Cultural Waytay, uma associação de artistas profissionais que “semeia sonhos reais” desde 1991 a favor da arte e da educação em seus diferentes ramos, como a pesquisa, criação, difusão, publicação, oficinas, eventos e festivais. A organização, que também é um Ponto de Cultura em Lima, abriga agrupações como o Teatro Waytay, os Títeres “Poc Pocs”, as Oficinas “Floreciendo”, os Blocos “Comparsa comunitaria” e a Batucada “Rompiendo el silencio”.

Para ele, foi uma “experiência muito grata” assistir pela primeira vez a um Congresso de Cultura Viva Comunitária. “Poder compartilhar experiências com outras organizações — já que venho do campo teatral, com as duas organizações argentinas que apresentaram obras no congresso (Chacras para Todos encenou “De muros a puentes”, e a Cooperativa La Comunitaria, “Se cayó el sistema”) — foi um aprendizado vivencial, digno de replicar em minha comunidade”, comentou Javier em seu informe de viagem.

Nos dias do congresso no Equador, ele esteve em vários círculos da palavra, nas reuniões de coordenação da delegação peruana, nas sessões teatrais, nos circuitos culturais, na feira multicultural e na plenária final, onde se decidiu que o próximo congresso será na Argentina.

“Quero destacar a articulação que se deu por parte do meu país, as novas organizações, as novas experiências que estão se dando no interior do Peru, assim como também a abertura e a união de vários frentes ou movimentos, como a Plataforma de CVC, Más Cultura Más Perú, os Pontos de Cultura do Ministério de Cultura, a Municipalidade de Lima, e as organizações do interior do país”, destacou.

“Em meu distrito, El Agustino, se elaborou uma Ordenanza (Lei) de Cultura Viva Comunitária. Agora se encontra em revisão pela gerência da Municipalidade, e depois passará à Assembleia de Vereadores, com a esperança de seja aprovada. Estivemos na elaboração dos rascunhos, e quando voltamos do congresso pudemos terminar o último esboço”, contou.

Novos desafios

Além de agradecer aos organizadores do 3º Congresso Latino-americano de CVC, Javier saudou os companheiros da Argentina por solicitar a tarefa de organizar o próximo e celebrou o interesse de Cuba de se somar à rede de cultura viva comunitária que vem ganhando o continente nos últimos anos. “A renovação, a aprendizagem, o intercâmbio nos enriquece e também nos oferecem novos desafios, novos caminhos, novas perguntas. Estamos alegres de ver o movimento crescendo cada vez mais, com vontade de nos interessar por mais temas também”, observou.

“Uma grande tarefa para todos nós, as organizações de CVC: como chegaremos ao 4º Congresso, com que tarefas cumpridas, o que mostraremos e intercambiaremos quando voltarmos a nos ver, como nos reafirmaremos neste grande caminho, de quem podemos compartilhar experiências, como será nosso agir neste tempo que falta? Temos dois anos para seguir amadurecendo nossos processos”.

Leia também:

Impressões de viagem (VIII): Três uruguaios contam suas vivências no Congresso de Quito

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25

jan
2018

Em Notícias

Por IberCultura

Impressões de viagem (VI): três representantes da Rede Salvadorenha de CVC comentam suas experiências no Congresso de Quito

Em 25, jan 2018 | Em Notícias | Por IberCultura

O 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, realizado em Quito (Equador) de 20 a 25 de novembro de 2017, reuniu cerca de 450 participantes provenientes de redes, coletivos e organizações culturais de 18 países da América Latina. Cinquenta deles foram selecionados no Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017. Receberam passagens aéreas para acompanhar as atividades do congresso e voltaram repletos de histórias para contar sobre os seis dias de encontros, espetáculos, palestras, debates, exposições, círculos da palavra e percursos culturais que tiveram a oportunidade de ver/ouvir/viver lá.

A seguir, algumas das impressões compartilhadas nos informes de viagem por três representantes da Rede Salvadorenha de Cultura Viva Comunitária (organizadora do congresso anterior, realizado em San Salvador em outubro de 2015): Marlen Argueta, Monica Valladares e Yesenia Contreras.

Marlen Argueta e o fortalecimento organizativo

Integrante da comissão organizadora do 2º Congresso Latino-americano de CVC, realizado em El Salvador em 2015, Marlen Argueta subiu ao palco da Casa de la Cultura Ecuatoriana, no dia 21 de novembro, para representar seu país na linha do tempo que se fez da Cultura Viva Comunitária. Seu papel de referência de El Salvador no 3º Congresso se deu em vários espaços e ela aproveitou as oportunidades para falar um pouco da Red Salvadoreña de Cultura Viva Comunitaria.

Formada por cerca de 60 coletivos, a Rede Salvadorenha de CVC firmou um convênio de cooperação com a Secretaria de Cultura da Presidência de El Salvador em 13 de outubro de 2017, durante o 3º Encontro Nacional de Cultura Viva Comunitária (um dos eventos ganhadores do Edital  de Apoio a Redes IberCultura Viva 2016). Foi o pronunciamento da rede, resultado deste encontro nacional, o que Marlen leu no palco da Casa de la Cultura Ecuatoriana.

 

Durante o congresso, Marlen também teve a oportunidade de fazer intercâmbios com diferentes experiências, tanto nas atividades propostas pelos organizadores como nas extra-oficiais. “Acredito que a mesa de fortalecimento organizativo deu um grande passo no tema da articulação latino-americana. Nunca antes havia se desenvolvido um espaço tão plural e representativo”, comentou. “O debate propicia um espaço para repensar os fundamentos teóricos, a institucionalidade, a autonomia e as alianças conquistadas em nível latino-americano.”

Para ela (“acho que é um sentir que dividimos com muitos colegas de El Salvador”), o 3º Congresso Latino-americano de CVC significou um passo que lhes permite reafirmar no trabalho coletivo. Significou uma consolidação meso-americana e latino-americana. “Durante o encontro foram criados espaços para nos encontrar como país e repensar nosso caminho, comparando-o com os de outros países. Isso fortaleceu a visão de seguir trabalhando no avanço da CVC em El Salvador”, destacou. “O congresso permitiu que o país tenha uma voz em nível latino-americano e que se visualizem os esforços de país em nível continental.”

Monica Valladares e a aliança meso-americana

Nos dias em que esteve no Equador, Monica Valladares se hospedou na casa cultural Nina Shunku, no centro histórico de Quito, e assistiu a uma série de apresentações artísticas, feiras, palestras, caravanas e círculos da palavra propostos na programação do congresso. “A abertura destes espaços serviram como pontos de referência para criar alianças entre organizações, articular ideias, compartilhar conhecimentos, intercambiar experiências e ferramentas inovadoras que nos servem para replicá-los em nossos territórios”, afirmou.

Parte da delegação meso-americana presente em Quito

Entre as articulações realizadas, ela citou encontros com organizações provenientes de países como Peru, Equador, Argentina e Chile. “Também conseguimos afiançar nossa relação com os países irmãos centro-americanos, Guatemala, El Salvador, Costa Rica e México, e esperamos ter nosso primeiro congresso meso-americano”, acrescentou.

Ao comentar as atividades de que participou durante o congresso, Mônica destacou a inauguração, na Casa de la Cultura Ecuatoriana, quando se armou no palco a “linha do tempo” da Cultura Viva Comunitária e um bastão foi passado de mão em mão a representantes de todos os países presentes. “Houve um brotar imenso de boas energias e entusiasmo por todos os participantes, com um pequeno convívio no palco com música, risadas e rumba.”

Além disso, falou do círculo da palavra “Arte e Transformação Social”, em que representantes de El Salvador, Peru, Equador e  Argentina compartilharam suas experiências nos territórios e as diversas lutas que enfrentam como organizações em seus contextos. Jensy Santos de Guazapa, de San Salvador, representou seu país neste espaço, dividindo com a plateia as experiências vividas dentro dos Conselhos para o Desenvolvimento Artístico Cultural Comunitário (CODACC), que se encontram em vários municípios e são parte da Rede Salvadorenha de Cultura Viva Comunitária.

Do segundo dia do evento, comentou sobre as quatro mesas temáticas que se juntaram falar das problemáticas enfrentadas como movimento, reunindo representantes de Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru e México. Laços afetivos envolvidos na intervenção e seguimento de projetos culturais; como conjugar o profissional com o trabalho comunitário e artístico; a arte como ferramenta de transformação social; gestão cultural e processos formativos foram alguns dos pontos tocados durante a jornada.

Círculo da palavra “Arte e transformação social”

“Os dias posteriores estiveram cheios de alegria. A marcha, que estava prevista para a quinta-feira (23/11), não se realizou por motivos climáticos, e mais uma vez se comprovou que ninguém detém a Cultura Viva Comunitária”, lembrou. Sem poder ir às ruas, os participantes se reuniram na Casa del Árbol para um pequeno convívio com música e baile.

“Pessoalmente, ter participado deste congresso foi uma experiência satisfatória não apenas pela atividade em si, mas pela quantidade de conhecimentos que pude obter através das trocas de experiências com companheiros estrangeiros. As lutas que cada um de nós assumimos em nossos países, em nossas trincheiras, é o que dá sentido a todo nosso esforço e ao empenho que colocamos no nosso fazer comunitário.”

Yesenia Contreras e a identidade viva

Para Yesenia Contreras, também integrante da Rede Salvadorenha de CVC e uma das ganhadoras do Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017, a experiência no Equador foi muito proveitosa. “Ter participado deste congresso não apenas me enche de satisfação, como também me enche de compromisso ante a realidade que vive o meu país e me sensibiliza e irmana com os processos particulares dos/as companheiros/as com que tive a oportunidade de compartilhar nestes cinco dias”, comentou em seu informe de viagem.

Ao vivenciar o dia a dia de um povoado equatoriano, ela pôde “aprender que é no cotidiano que está a cultura viva de um povo, que tudo o que o envolve e o acciona dia a dia é patrimônio e idiossincrasia”.

Além disso, teve a oportunidade de participar do círculo da palavra “Arte e transformação social”, onde se “encheu de satisfação” ao ver a companheira Jensy Santos de Guazapa tendo um espaço para compartir as experiências vividas nos CODACC, e lhe chamou a atenção a palestra de Nancy Viza, que questionava o significado da palavra transformação (“transformar para que?”) e propunha um regresso às raízes para buscar uma verdadeira identidade.

“A Cultura Viva Comunitária não é um processo isolado”, concluiu Yesenia. “Vem de dentro do ser comunitário, é criativa, se sente desde a carne e representa uma identidade viva.”

 

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13

out
2017

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Rumo a Quito: confira a lista de pessoas selecionadas no Edital de Mobilidade IberCultura Viva

Em 13, out 2017 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

O programa IberCultura Viva informa a lista de pessoas selecionadas no Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017. Será distribuído um total de US$ 45 mil em passagens aéreas para representantes de organizações interessadas em participar do 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, que será realizado de 20 a 25 de novembro em Quito, Equador. As pessoas selecionadas receberão a passagem de ida e volta, o seguro de viagem e a taxa de inscrição ao congresso.

O Edital de Mobilidade não inclui hospedagem nem alimentação. As pessoas selecionadas poderão fazer uso do espaço de camping e participar das comidas comunitárias incluídas na inscrição, ou resolver sua hospedagem e alimentação por seus próprios meios.

As inscrições estiveram abertas de 4 de setembro a 1 de outubro. Poderiam inscrever-se representantes de organizações/coletivos que trabalham com cultura de base comunitária nos países membros do Conselho Intergovernamental IberCultura Viva.

Das 245 inscrições recebidas, foram habilitadas 52 pessoas candidatas. Deste total, 10 são da Argentina, 10 do Chile, 10 do Brasil, 6 da Costa Rica, 6 do Uruguai, 4 de El Salvador, 4 do Peru e 2 da Espanha. Os números de ganhadores por país foram proporcionais à quantidade de candidaturas apresentadas e habilitadas.

Entre os critérios que foram levados em conta na avaliação estavam a experiência da organização em ações culturais comunitárias e o histórico de participação em processos de articulação de redes em âmbito nacional e/ou internacional, além do perfil da pessoa candidata.

O 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária é organizado pela Rede de Cultura Viva Comunitária Equador, que tem prevista uma área para acampamento e alimentação comunitária. Existem duas modalidades de inscrição ao 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária: os que pagam US$ 35 têm acesso às atividades, e os que pagam US$ 70 têm acesso às atividades, à zona de camping e à alimentação. O programa IberCultura Viva pagará a modalidade de inscrição que inclui camping e alimentação.

Confira a relação de pessoas selecionadas:

Informação aos Interessados III: Etapa de Seleção –  Relação final – Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017

(*Texto atualizado em 14 de outubro de 2017)

(**A lista publicada continha erros nos nomes das pessoas selecionadas da Espanha. Republicamos a lista de ganhadores e pedimos desculpas pelo erro)

Leia também:

Informação aos Interessados II: Etapa de Habilitação – Relação Definitiva – Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017

Informação aos Interessados: Etapa de Habilitação – Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017

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03

out
2017

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Confira as candidaturas habilitadas no Edital de Mobilidade IberCultura Viva

Em 03, out 2017 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

A Unidade Técnica do programa IberCultura Viva informa a relação definitiva de pessoas candidatas habilitadas no Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017, após a análise de recursos e a complementação de documentação.

As inscrições estiveram abertas de 4 de setembro a 1 de outubro. Poderiam inscrever-se representantes de organizações/coletivos que trabalham com cultura de base comunitária nos países membros do Conselho Intergubernamental IberCultura Viva. O prazo de recursos terminou no dia 6 de outubro.

Das 245 inscrições recebidas, foram habilitadas 197 pessoas candidatas. Deste total, 49 são da Argentina, 46 do Chile, 44 do Brasil, 19 da Costa Rica, 16 do Uruguai, 10 de El Salvador, 5 do México, 5 do Peru e 3 da Espanha.  As candidaturas habilitadas seguem no processo de avaliação. A lista final de pessoas selecionadas será publicada nos próximos dias.

O edital

O Edital de Mobilidade é dirigido às organizações interessadas em participar do 3º Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, que será realizado de 20 a 25 de novembro em Quito, Equador. O evento é organizado pela Rede de Cultura Viva Comunitária do Equador.

Será destinado o total de US$ 45 mil para compra de passagens aéreas. Entre os critérios que serão levados em conta na avaliação dos selecionados estão a experiência da organização em ações culturais comunitárias e o histórico de participação em processos de articulação de redes em âmbito nacional e/ou internacional, além do perfil da pessoa candidata.

As pessoas selecionadas receberão passagem de ida e volta, seguro de viagem e taxa de inscrição ao congresso. O Edital de Mobilidade não inclui hospedagem nem alimentação. As pessoas selecionadas poderão fazer uso do espaço de camping e participar das refeições comunitárias incluídas na inscrição, ou resolver sua hospedagem e alimentação por seus próprios meios.


(*Texto atualizado em 9 de outubro de 2017)

Confira a relação de candidaturas habilitadas:

Informação aos Interessados II: Etapa de Habilitação – Relação Definitiva – Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017

Informação aos Interessados: Etapa de Habilitação – Edital de Mobilidade IberCultura Viva 2017

 

 

Leia também:

IberCultura Viva lança Edital de Mobilidade: rumo a Quito

 

 

 

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