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Arquivos audiovisual - IberCultura Viva

17

set
2020

Em EDITAIS
Notícias

Por IberCultura

Divulgada a lista de participantes da oficina “Audiovisual comunitário, narrativas descentralizadas”

Em 17, set 2020 | Em EDITAIS, Notícias | Por IberCultura

Vinte e duas pessoas de nove países foram selecionadas para participar da oficina virtual “Audiovisual comunitário, narrativas descentralizadas”, que se realizará no 4º Encontro de Redes IberCultura Viva com duas sessões de três horas, nos sábados 19 e 26 de setembro. A oficina tem como docentes Eloisa Díez (La Sandía Digital, México) e Miguel Hilari (Bolívia), e é dirigida a pessoas interessadas na criação audiovisual e com experiência em algum de seus processos (criação, produção, promoção e/ou exibição). 

As inscrições estiveram abertas no Mapa IberCultura Viva entre 3 e 14 de setembro. Podían postular personas de los 11 países miembros de IberCultura Viva. Además de repartirse equitativamente entre los países, los cupos deberían dividirse entre agentes culturales independientes y agentes culturales vinculados a colectivos, colectivas y organizaciones culturales comunitarias.

Das 45 inscrições enviadas, foram selecionadas 3 da Argentina, 3 do Brasil, 2 do Chile, 2 da Colômbia, 2 de Costa Rica, 3 do Equador, 2 de El Salvador, 3 de México e 2 do Peru. Foram levados em conta na seleção os motivos informados pelas pessoas candidatas para participar da oficina, prevalecendo aquelas que se encontram desenvolvendo ou têm interesse em desenvolver um projeto comunitário que retome narrativas descentralizadas em seu processo criativo. Também se tomou em consideração que houvesse pelo menos 50% de mulheres, presença de pessoas afrodescendentes ou de povos indígenas, e diversidade regional dentro dos países.

 

Las sesiones

As 22 pessoas selecionadas para participar da oficina receberão um correio eletrônico com nomes de usuários e acessos para a sala de aula virtual. La primera sesión será impartida por Eloisa Díez, el próximo sábado 19, y la segunda por Miguel Hilari, el 26 de septiembre. Las dos sesiones se desarrollarán de las 11:00 a las 14:00 (hora de Argentina).A primeira sessão da oficina será ministrada por Eloísa Díez, no próximo sábado (19), e a segunda por Miguel Hilari, no dia 26 de setembro. As duas sessões terão três horas de duração, começando às 11h e terminando às 14h (horário de Brasília e Buenos Aires).

Eloisa Diez é roteirista, produtora de rádio e documentarista. Tem se especializado na elaboração e implementação de processos de criação comunitários, participativos e colaborativos para a transformação social com enfoque de gênero. Feminista, tem trabalhado na formação e na criação de narrativas transformadoras de e sobre mulheres. Desde 2011 faz parte de La Sandía Digital, onde se encarrega de direção, roteiro, som, pesquisa e formação audiovisual.

Miguel Hilari (foto) estudiou cinema em La Paz (Bolívia), Santiago (Chile) e Barcelona (Espanha). Seus filmes “El corral y el viento” (2014), “Compañía” (2019) e “Bocamina” (2019) retratam brechas geracionais, identidade indígena e movimentos entre campo e cidade na Bolívia. Foram exibidas e premiadas em festivais internacionais como Visions du Réel, Cinéma du Réel, Oberhausen, Transcinema, FIDOCS e outros. Trabalhou em vários filmes bolivianos e esteve ligado à organização do Festival de Cine Radical. Ministra oficinas de cinema em escolas rurais.

 

Confira a lista de pessoas selecionadas:

Informação às interessadas – Processo de seleção

 

Leia também

Inscrições abertas para a oficina virtual “Audiovisual comunitário, narrativas descentralizadas”

 

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21

mar
2019

Em Notícias

Por IberCultura

Rodando Fantasias: potenciando a criatividade audiovisual de crianças e jovens de Cuba

Em 21, mar 2019 | Em Notícias | Por IberCultura

Na cidade de Santa Clara (Villa Clara, Cuba) há um projeto comunitário que desde setembro de 2014 ensina crianças e adolescentes a realizar seus próprios filmes utilizando as novas tecnologías. “Rodando fantasias” é o nome desta iniciativa que conta com aulas de roteiro cinematográfico, fotografia, linguagem de câmera, produção audiovisual, edição, voz e dicção e atuação, dirigidas não apenas a garotos de 5 a 16 anos, mas também a seus pais e/ou tutores.

O Festival Rodando Fantasías, que este ano terá sua quinta edição de 21 a 24 de maio, é o momento culminante deste processo educativo. É o espaço onde se mostra o aprendido nas oficinas de “Cámara Chica” e se socializa com outros centros comunitários de Cuba e com realizadores profissionais que trabalham a temática infantil.

Rodando Fantasias é também o único festival infantil na América Latina e Caribe que inclui a criação audiovisual com dispositivos móveis e onde os pais compartilham saberes com as crianças fazendo o making of do trabalho realizado pelos filhos e filhas.

https://www.facebook.com/cesarramon.irigoyenmilian/videos/2243629489033481/

O projeto tem como coordenadores o ator, diretor e roteirista César Ramón Irigoyen Milián e a pianista e cantora Gisell Perera González. Eles se somaram ao empenho do Conselho Nacional de Casas de Cultura, da Asociación Hermanos Saíz, do British Council (*) e do First Light (**) para começar a criar um receptor ativo desde cedo que possa dar um uso artístico-criativo às novas tecnologias, assim como sensibilizar pais e/ou tutores na educação audiovisual de pequenos e adolescentes.

A iniciativa se articula no âmbito da rede Cámara Chica de Cuba, que envolve cerca de 400 crianças e jovens (isso nas matrículas oficiais; das oficinas participam muitos mais). Os projetos Cámara Chica são realizados em centros comunitários de Cuba pelo British Council em parceria com a organização britânica de jovens cineastas First Light (agora chamada Into Film), e com a Faculdade das Artes dos Meios de Comunicação Audiovisual (FAMCA).

O projeto conta, ainda, com um programa de televisão no canal Telecubanacán, com o nome “Rodando Fantasías”, escrito e dirigido por César Ramón Irigoyen. “É um espaço para difundir a obra dos demais projetos Cámara Chica do país, desde a cidade de Santa Clara. Já saiu uma série de 16 programas e se estuda a possibilidade de que saia pelo canal nacional Cuba Visión e possa ser visto por toda a ilha”, comenta o coordenador.

 

Edição 2019

Este ano, o Festival Rodando Fantasias contará com oficinas práticas e mostras fílmicas. Pela primeira vez, serão realizadas gravações com celulares em externas e a comunidade poderá participar do processo. E assim como nos anos anteriores, serão concedidos prêmios nas categorias de animação, ficção, documentário e informativo.

“Sempre se entrega o prêmio Rodando Fantasias a um projeto Cámara Chica que tenha se destacado durante o ano no processo de criação; este ano ele vai o Projeto Arenas de Cárdenas Matanzas”, destaca Irigoyen. “Também se entrega o Prêmio Chicuelo a um menino ou menina menor de 12 anos do Projeto Rodando Fantasias, por sua destacada participação na criação audiovisual durante o período de um ano. Nesta ocasião, será dado a um menino de 7 anos, Yordan Yoel Castellanos Díaz.”

Além disso, a programação do festival será dedicada aos 35 anos de Telecubanacán, aos cinco anos do festival La Espiral e ao 15º aniversário da criação da Brigada de Instructores de Arte José Martí.  

Segundo o coordenador, para a quinta edição do Festival Rodando Fantasías estão convocados 60 meninos e meninas de nove províncias de Cuba, incluindo Villa Clara, a sede do evento. “Na hora das projeções, devemos alcançar mais de 300 meninos e meninas de diferentes escolas da comunidade no centro da cidade de Santa Clara”, estima. O júri será composto por crianças que antes do evento, no mês do abril, veem as obras e eles mesmos são os encarregados de conceder os prêmios.

 

Três perguntas// César Ramón Irigoyen Milián

 

Por que decidiram criar o Festival Rodando Fantasias?

Depois que as crianças, os adolescentes e seus pais terminavam de receber todas as matérias (o programa de aulas do projeto comunitário de realização audiovisual), eles sentiam a necessidade de mostrar seus materiais, para além da oficina, para a comunidade.

Em  2014, quando surgiu o projeto Rodando Fantasias, a Rede Cámara Chica ainda não estava organizada. Já existia o projeto Cámara Chica, mas não funcionava como rede. Então nos ocorreu realizar um festival que servisse de plataforma para que os oficineiros mostrassem seus resultados, seus trabalhos de cursos e teses. Assim criamos o Festival Regional Rodando Fantasias, com o apoio do Sectorial Provincial de Cultura em Santa Clara e a Asociación Hermanos Saíz, da qual sou membro na seção de audiovisuais e seu vice-presidente na província de Villa Clara.

Em 2018, o British Council começou a realizar ações com os projetos Cámara Chica de Cuba e criaram mais cinco. Antes (2013-2017) eles existiam em Pinar del Río, La Habana, Villa Clara, Ciego de Ávila, Granma e Guantánamo. Depois se somaram (em 2018) outros dois projetos mais em Pinar del Río, Artemisa, Matanzas e Holguín.

 

O festival nacional foi uma maneira de aglutinar as experiências de Cámara Chica desenvolvidas nas distintas províncias de Cuba? Tem tido bons resultados?

Pelo resultado mostrado em Pinar del Río, que criou uma rede e aglutinou outros municípios na realização audiovisual, se decidiu fazer o primeiro festival Cámara Chica, en fevereiro de 2018, nessa província, auspiciado pelo British Council e o Sistema de Casas de Cultura em Cuba.

Em abril de 2018, a equipe do British Council se comunicou comigo e comentou a possibilidade de apoiar meu evento, na quarta edição do Festival Rodando Fantasías. Estes festivais, tanto o de Pinar del Río como o Rodando Fantasias, é uma maneira de estender a realização audiovisual infantil a toda a ilha de Cuba. Ambas as ações (Festival Pinar del Río, 2018 e 2019, e Rodando Fantasías, de 2015 a 2018) vêm tendo uma aceitação muito boa.

 

É um projeto que trabalha só com celulares e meios alternativos. Sempre foi pensado assim, como uma proposta que pudesse ser mais includente?

Sempre foi pensado assim. No último censo populacional realizado em Cuba antes de 2014, nos demos conta de que em quase todos os lares cubanos existia ao menos um celular como via de comunicação. Em Cuba as crianças passam muito tempo brincando nos celulares e isso acaba isolando, não deixa que socializem, é uma realidade que nos atinge fortemente. Não podemos proibir a tecnologia aos garotos, pois ela é necessária.

Nem todos temos a necessidade de ter uma grande câmara de vídeo ou fotos, ou uma câmera de cinema, e sim um celular. Decidimos projetar este programa para que as crianças utilizassem a tecnologia com um fim artístico-educativo e começassem, junto a seus pais, a alfabetizar-se tecnologicamente, além de apoiar o processo de informatização que o Estado cubano leva a cabo. E é claro que, ao trabalhar com celulares, ele se converte em um projeto inclusivo, por isso se aceitam celulares, Ipad, tablet, tudo o que tenha uma pequena tela e possa gravar e possa gravar.

https://www.facebook.com/cesarramon.irigoyenmilian/videos/2234049359991494/

 

(*) British Council é uma organização britânica para as relações culturais e educativas que tem escritórios em Cuba desde 1998, permitindo estabelecer relações de cooperação com ministérios e instituições cubanas, governamentais ou não.


(**) First Light é uma organização com sede no Reino Unido que recebe fundos públicos para desenvolver habilidades em crianças e jovens entre 5 e 25 anos de idade por meio do cinema e da produção dos meios audiovisuais.

 

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